15 municípios visitados em menos de uma semana, uma média de 2,6 cidades a cada dia. Uma tarefa nada fácil quando se trata do segundo maior estado em extensão territorial do país, mas que a Caravana Bancária concluiu com saldo positivo.

“Com essas caravanas temos a possibilidade de observar o local de trabalho da categoria e também ver de perto um pouco da rotina, das dificuldades; e o melhor de tudo, o de poder ouvi-los, saber quais são suas reivindicações, dúvidas para que possamos dar uma resposta na hora ou o quanto antes caso a demanda seja mais complexa. Por onde percorremos até agora fomos muito bem recebidos e aqui fica o nosso obrigada pela atenção e confiança”, conta a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Em menos de uma semana, o Sindicato visitou os bancários e bancárias de Santana do Araguaia, São Félix do Xingu, Tucumã, São Domingos do Araguaia, São Geraldo do Araguaia, Conceição do Araguaia, Redenção, Xinguara, Ourilândia do Norte, Água Azul do Norte, Rio Maria, Paragominas, Marabá, Castanhal e Altamira. A categoria também recebeu em mãos agendas e calendários, e o time de sindicalizados foi reforçado com cerca de 60 novos associados.

“São essas contribuições que nos possibilitam ir a todas as regiões do Pará. Agora em 2016 conseguimos chegar pela primeira vez em Pacajá, o que para nós é muito significante e também deve ser para os trabalhadores dessa cidade que com nossa presença por lá passam a ter mais voz diante do descaso dos bancos”, destaca o diretor de saúde da entidade, Gilmar Santos.

Todas as agências bancárias dos municípios citados foram visitadas e apesar das distâncias entre uma cidade e outra, a maioria das demandas é comum entre bancos públicos e privados, sendo a principal a necessidade de mais empregados.

“Esse déficit é rotineiro no interior e atinge também a capital e Região Metropolitana. Para resolver ou pelo menos minimizar esse quadro, estamos com várias ações na justiça e também nas mesas de negociação específica o assunto faz parte da pauta permanente”, afirma a dirigente sindical de Comunicação do Sindicato, Tatiana Oliveira.

Outro problema enfrentado pela categoria do interior do Pará está nas péssimas condições de trabalho, seja na estrutura física da agência ou no mobiliário, como no Banco do Brasil de Tucumã, Itaú de Altamira, Banco da Amazônia e Banpará de Conceição do Araguaia, sendo que nesta última agência os problemas já se arrastam há anos (espaço físico pequeno, paredes com mofo), mesmo com os vários pedidos feitos pela administração da unidade de mudança de prédio.

E por falar em biombo, a insegurança também está presente nas agências visitadas, principalmente as do Bradesco que em sua grande maioria não possuem sequer porta giratória com detector de metais. A desculpa dada pelo banco é a de que não há legislação municipal que obrigue a instalação do dispositivo de segurança.

“Diante disso, o Sindicato tem se unido ainda mais com a categoria e, juntos, apresentado às Câmaras Municipais o projeto de lei de segurança bancária elaborado pela Contraf-CUT, federações e entidades filiadas. Onde não conseguimos entregar o documento em mãos, entramos em contato por telefone com algum representante do poder legislativo para enviar o documento. Vale ressaltar que em vários municípios o projeto já foi entregue e iremos reforçar a importância dele ser transformado em lei em prol da segurança de toda a população”, conta o dirigente sindical, Saulo Araújo.

Assim como demandas em comum, vários trabalhadores apresentaram pedidos específicos de suas respectivas unidades para os quais o Sindicato vai tomar as providências cabíveis, enviando ofício aos bancos, solicitando reuniões e em caso de silêncio denunciando aos órgãos de defesa do trabalhador.

Caravana não para – Até o final do mês o Sindicato deve desembarcar pela região oeste. Fique ligado em nosso site e redes sociais para acompanhar a Caravana.

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Fonte: Bancários PA