Brasília - Há vários dias que os terminais de autoatendimento do BRB estão deixando funcionários e clientes na mão.

Desde a homologação, período de teste das máquinas nas agências piloto, que as novas aquisições do banco apresentaram problemas e, segundo relatos de bancários, até mesmo diferença de numerário. A homologação serve, como já foi dito, para testar o funcionamento e a qualidade dos equipamentos. Mas, como estão apresentando defeitos em suas funcionalidades, nem implementadas deveriam ser.

Há que se levar em conta, ainda, que o valor do contrato com a PERTO para o gerenciamento dos ATM’s supera 185 milhões de reais, cifra nada modesta para o BRB.

Segundo Cristiano Severo, bancário do BRB e secretário Geral do Sindicato, as agências que foram “presenteadas” com os novos ATM´s têm estado lotadas porque as máquinas, simplesmente, não funcionam. Também têm passado aperto para lidar com os clientes insatisfeitos dentro das agências, sem condições de prestar um bom atendimento, pois já não contam com quadro de pessoal satisfatório nos caixas por causa de um “Novo Modelo de Atendimento” que já nasceu falido.

“Com um custo tão elevado investido em equipamentos, o que se esperava era um ótimo atendimento dos clientes, e sem qualquer transtorno para os funcionários do banco. O BRB não pode investir tanto dinheiro e ter em contrapartida um produto que prejudica e afugenta os clientes”, comenta o diretor do Sindicato e funcionário do BRB Daniel de Oliveira.

“Não há cabimento em tesoureiros do banco estarem recebendo orientações de técnicos da empresa contratada para entrarem na carenagem das máquinas para apertar alguns botões e fazerem alguns procedimentos se quiserem que a máquina funcione antes da chegada da manutenção. Daqui a pouco terão de ficar dentro dos ATM’s, apertando botões, resetando a máquina, dando três chutinhos e esperando, com paciência, para ver se a máquina volta”, finaliza Cristiano.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação