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4 de Novembro de 2015 às 08:21

Brasília Debate traz Frei Betto dia 17/11 para falar sobre política e direitos humanos


Brasília - A próxima edição do Brasília Debate recebe o escritor e religioso dominicano Frei Betto, para debater um tema que está na ordem do dia: “Política e Direitos Humanos”. O evento será no dia 17 de novembro (terça-feira), às 20h, na sede do Sindicato (EQS 314/315) e tem entrada gratuita.

“Vivemos uma onda de conservadorismo e precisamos entender os efeitos da conjuntura política tanto nacional quanto internacional nesse contexto. Nesse sentido, quais os propósitos que devemos abraçar para termos uma sociedade mais ética em sua convivência, com princípios mais humanistas?”, questiona Eduardo Araújo, presidente do Sindicato.

“O tema de direitos humanos ainda é 'clandestinizado' na sociedade devido a um segmento poderoso que diz que é coisa de bandido. Não. É coisa de ser humano, e precisamos defender radicalmente cada pessoa humana”, disse Frei Betto em recente entrevista à Rede Brasil Atual.  

Vida dedicada à luta

Conhecido por sua atuação política contra o regime militar, Frei Betto é autor de Batismo de Sangue e a A Mosca Azul. Também foi assessor especial da Presidência da República entre 2003 e 2004 e coordenador de Mobilização Social do Programa Fome Zero.

Aos 71 anos e reconhecido mundialmente por sua luta pela justiça social e pelos direitos humanos, Carlos Alberto Libânio Christo, seu nome de batismo, é autor de 60 livros, editados no Brasil e no exterior. Mineiro de Belo Horizonte (MG), ele estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia.

Foi coordenador da Articulação Nacional de Movimentos Populares e Sindicais (Anampos), participou da fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Central de Movimentos Populares (CMP). Prestou assessoria à Pastoral Operária do ABC, em São Paulo, ao Instituto Cidadania (SP) e às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Foi ainda consultor do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). 

Desde 2007, o frade é membro do Conselho Consultivo da Comissão de Justiça e Paz de São Paulo. É sócio-fundador do Programa Todos pela Educação. Em 2015, se tornou assessor, como voluntário, do governo Flávio Dino, para melhoria do Índice de Desenvolvimento Social (IDH) do Maranhão. Ainda neste ano recebeu o título de Doutor Honoris Causa em Filosofia, concedido pela Universidade de Havana.

Prêmios

Uma lista extensa de premiação abrilhanta o currículo de Frei Betto. Entre eles, em 1982, ele ganhou o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira do Livro, por seu livro de memórias Batismo de Sangue (Rocco). Neste mesmo ano, foi eleito Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores, que lhe deram o Prêmio Juca Pato por sua obra Fidel e a religião.

Em 1987 ele recebeu o prêmio de Direitos Humanos da Fundação Bruno Kreisky, em Viena. Em outubro de 1990, ganhou o prêmio Dom Oscar Romero da Fundação Georg Fritze, concedido por Igrejas protestantes da Alemanha. Destinou-o à Comissão Pró-Central dos Movimentos Populares. Integrou, por cinco anos (1991-1996), o conselho da Fundação Sueca de Direitos Humanos.

Em 1992, o MST compartilhou com Frei Betto o prêmio The Right Livelihood, conhecido como Prêmio Nobel Alternativo, por sua contribuição à luta por reforma agrária e à construção do MST. Em 1996, recebeu o Troféu Sucesso Mineiro, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, dentro das comemorações do centenário da cidade.

Na Itália, Frei Betto foi a primeira personalidade brasileira a receber o prêmio Paolo E. Borsellino por seu trabalho em prol dos Direitos Humanos, concedido em maio de 1998. Neste mesmo ano foi homenageado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio de Janeiro com o Prêmio Crea/RJ de Meio Ambiente, e ganhou a Medalha Chico Mendes de Resistência, concedida pelo Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro por sua luta em prol dos direitos humanos. 

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


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