O Bradesco, segunda maior instituição bancária privada do país, tem tratado com total desrespeito seus funcionários em Rondonópolis, que pagam por um plano de saúde com desconto na sua folha de pagamento, mas não têm encontrado clínicas e hospitais credenciados para cuidar da sua própria saúde e da sua família. O caso já foi parar no PROCON e a os trabalhadores estão revoltados com a situação e esperam uma solução breve para o caso.

A situação precária dos funcionários do banco foi denunciada pelo sindicato que representa a categoria, que se cansou de cobrar uma solução direta da instituição e levou o caso ao PROCON e ao conhecimento da população por meio da imprensa.

O Sindicato dos Bancários denuncia que o Bradesco Saúde, plano de saúde a que todos os funcionários da instituição são associados, divulga uma quantidade até razoável de clínicas e hospitais conveniados para atender aos funcionários, mas grande parte dos mesmos de fato já não atendem ao convênio. Há casos que realmente chega a parecer chacota, pois o plano informa locais e profissionais que não estão mais atendendo, como no caso do Hospital Samaritano, fechado há mais de dez anos na cidade e que continua na lista dos hospitais conveniados e constando como opção para os trabalhadores realizarem seu tratamento de saúde.

Há também o caso de clínicas que há anos não atendem mais pelo convênio, mas continuam constando na lista do plano de saúde, o que é caraterizado pelo próprio PROCON como uma atitude desrespeitosa com os funcionários do banco e com as próprias clínicas e unidades hospitalares, que ficam sujeitos a transtornos quando os associados procuram por um atendimento, que obviamente lhes é negado.

Ainda de acordo com o sindicato, a situação ainda é agravada pelo fato de que quando os funcionários do Bradesco procuram pelas clínicas e hospitais credenciados, ainda que para a realização de uma simples consulta ou exame, é obrigado a aguardar em uma fila de espera que muitas vezes ultrapassa 60 dias. E isso ainda com restrições, ou seja, há exames que são possíveis serem feitos e outros que estão suspensos.

Além de todo esse desrespeito, o mais estarrecedor é que apesar da situação de total desrespeito com os associados do Bradesco Saúde, os representantes do plano afirmam que não há nenhum plano de melhoria do mesmo para resolver a situação e, enquanto tudo permanece como está, os funcionários se vêm obrigados a ter que pagar do próprio bolso para terem atendimento médico, ou se deslocarem para Cuiabá, gerando custos e transtornos para os mesmos.

É uma situação vergonhosa para o Bradesco e que deixa seus funcionários revoltados e sem estímulo para trabalharem, o que é ruim para o banco e pior ainda para os seus clientes e usuários, que são obrigados a serem atendidos por funcionários estressados e sem estímulo para trabalharem.

O Sec. De Saúde do sindicato Almir Araújo informa que estará em entendimento com a diretoria e decidindo as próximas ações a serem realizadas e, reitera que não aceitará o descaso que acontece atualmente em Rondonópolis com o plano de Saúde Bradesco.

Fonte- Seeb Roo e Sul de MT, Gazeta MT