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7 de Fevereiro de 2017 às 06:13

BB: Sindicatos exigem VCP permanente para todos os prejudicados


Crédito: Reprodução

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil se reuniu com o banco na última sexta-feira (3), em Brasília, para mais debates sobre o processo de reestruturação e também para mais uma rodada da Mesa Temática de Prevenção de Conflitos, com o tema BB Digital.

Reestruturação

O banco apresentou os números da reestruturação até o momento, envolvendo movimentações laterais e nomeações de ascensão, descensos e descomissionamentos, em cada cargo. Pelos números divulgados pelo banco, ao final do processo de reestruturação, mais de 2500 funcionários perderão seus cargos e terão salários cortados quase que pela metade, juntando aos milhares que já tiveram seus salários reduzidos, por somente conseguirem realocação em cargos inferiores. 

Formada pela Contraf-CUT, Fetec-CUT/CN e Sindicato dos Bancários de Brasília, a Comissão também cobrou do banco a implantação a Vantagem de Caráter Pessoal (VCP) permanente para todos os funcionários, incluindo os caixas. O VCP complementa o salário em caso de perda do cargo. 

“Queremos que o banco estenda a vantagem até que todos os funcionários sejam realocados. Essa é uma forma de proteger os bancários e suas famílias na perda de renda”, afirma o secretário de Imprensa do Sindicato, Rafael Zanon.

O banco afirmou que ainda não tem resposta quanto ao VCP Permanente e já havia respondido, em 31 de janeiro deste ano, que não implantaria VCP para os caixas.

Os representantes dos funcionários denunciaram casos de funcionários que estão trabalhando nas agências que foram extintas em condições precárias e até fazendo serviço de faxina, sem a presença de vigilantes em locais de acesso à rua. Desta forma, os funcionários estão expostos a riscos desnecessários por omissão do banco em contratar vigilantes. O banco ficou de verificar a situação em cada local.

Foi cobrado do BB sobre o início de VCP somente depois do fechamento das unidades, e o banco reafirmou que mantém o compromisso de somente iniciar VCP depois de a unidade estar fechada.

Também foi solicitado que houvesse oferecimento de grade cursos para os funcionários de unidades de apoio que sejam realocados em unidades de negócio e que fosse flexibilizada também a exigência de CPA-10.

Ascensão sem critérios objetivos provocam insatisfação entre funcionários

Os representantes dos funcionários reafirmaram que não concordam com a falta de critérios transparentes e objetivos nas ascensões realizadas via TAO (talento e oportunidades). A situação vem causando insatisfação entre os trabalhadores que têm relatado, em muitos casos, privilégios para amigos, acertos de contas, perseguição a delegados e militantes, bem como uma forma de preterir as mulheres grávidas na realocação. 

Os bancários defendem que toda ascensão na empresa deve ser realizada por meio de processos seletivos com critérios transparentes e objetivos, obedecendo a ordem de pontuação.

Outra cobrança feita ao banco é que nos processos seletivos do TAO normal seja considerada a pontuação do cargo anterior. O banco informou que ainda não tem resposta sobre a reivindicação.

Os números apresentados pelo próprio banco mostram que não deu tudo certo no final, conforme fala recorrente da direção do BB, pois a conta não fechou e milhares perderam os cargos.

BB Digital

Na sequência da reunião sobre reestruturação aconteceu mais uma rodada sobre BB Digital, como parte da Mesa Temática de Resolução de Conflitos, prevista no acordo coletivo 2016/2018. O objetivo é debater sobre as consequências do modelo e seus impactos para os funcionários. 

Para a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a implantação dos escritórios digitais é parte integrante da reestruturação e seus impactos deverão ser amplamente debatidos no sentido de melhorar as condições de trabalho e garantir cargos e remuneração dos funcionários envolvidos neste processo.

Foi denunciado ao banco que em alguns locais os escritórios digitais não têm ambiência e ergonomia necessárias, como também estão apenas atuando como uma grande central de oferta ativa de produtos, como uma grande central de atendimento.

O banco informou que não é essa a lógica do modelo, sendo o maior interessado em não transformar os escritórios em central de atendimento. O banco assumiu o compromisso de reforçar essas premissas em comunicado aos funcionários e administradores.

Os representantes do banco apresentaram os números dos escritórios abertos e os que ainda estão para inaugurar, sendo 14 prontos de um total de 34 escritórios Pessoa Física e 28 MPE - Micro e Pequenas Empresas. O Banco informou que ainda não tem o cronograma dos 256 escritórios digitais anunciados pelo presidente do BB à imprensa, pois ainda estão em estudos técnicos.

Foram denunciados problemas com migração de nomes e CNPJ de Escritórios e a informação que muitos têm dado, de que não precisa seguir regras do TAO - sistema de recrutamento do BB, para os novos prefixos. O banco informou que em todos os prefixos serão seguidas as regras do TAO e confirmou problemas com alguns CNPJ de escritórios, que foram migrados para não afetarem o cronograma de funcionamento.

Uma nova rodada sobre a reestruturação e BB Digital está marcada para acontecer até o dia 15 de fevereiro.

Da Redação, com informações da Contraf-CUT


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