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23 de Setembro de 2019 às 07:58

Bancos Públicos: fundamental para o Mato Grosso do Sul

Caixa é determinante para financiamento imobiliário em MS, sendo responsável por 86,6% do crédito geral e 90% dos recursos do Minha Casa Minha Vida


Brasília - Chamar a atenção para o papel dos bancos públicos no desenvolvimento regional é uma preocupação constante da Fenae e de outras entidades, que hoje promovem o Dia Nacional de Mobilização e Protesto em Defesa do Serviço Público. Levantamento sobre atuação dos bancos públicos nos estados mostra que, sem eles, não haveria crédito imobiliário nem crédito agrícola, nem investimento em saneamento básico e infraestrutura.

No Mato Grosso do Sul, por exemplo, 86,6% do crédito imobiliário é concedido pela Caixa, que responde ainda por 90% dos recursos do Minha Casa Minha Vida. Os bancos públicos são responsáveis por 32,7% das operações de crédito. Desde 1995 a Caixa investiu R$ 8,5 bilhões do FGTS em saneamento, habitação e infraestrutura no estado.

“Por isso é que somos contra a venda e fatiamento de áreas da empresa, porque ela cumpre com competência seu papel e não pode ser enfraquecida em sua atuação. Caixa 100% pública é questão de soberania nacional”, alerta Jair Ferreira, presidente da Fenae.

Em meados de agosto, a equipe econômica do atual governo anunciou que 17 estatais estão incluídas no programa de desestatização. A proposta prevê a privatização de empresas públicas como os Correios, Petrobras, Eletrobrás, Telebrás e mais as estatais de tecnologia, comunicação, administração de portos, transporte ferroviário e centrais de abastecimento. A ameaça também se estende a bancos públicos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que atuam como fortes impulsionadores do desenvolvimento econômico e social.

Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira, divulgar os dados por estado é interessante porque mostra mais claramente à população como a privatização pode afetar a sua vida. Segundo o presidente, os empregados dos bancos públicos precisam informar à população sobre as consequências das privatizações. 

“Nós, trabalhadores da Caixa, temos a tarefa de abordar nossos clientes, conversar com as pessoas e alertar que, quando saírem esses bancos, quando saírem os fundos constitucionais, quem vai perder não será só a instituição, mas também a população”, afirmou Ferreira. 

O desenvolvimento regional é um dos principais objetivos da Caixa Econômica Federal. O banco é responsável por cerca de 70% do todo o financiamento habitacional do país. Como um banco social forte, a Caixa já entregou mais de quatro milhões de unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida, gerando 1,2 milhão de empregos. “Não podemos aceitar o que fazem com a Petrobras e o que querem fazer com a Caixa que é retirar o seu papel social. E o que o governo quer fazer? Desmonta-la, acabar com tudo. Nós não sossegaremos enquanto não revertemos esse quadro”, afirmou Ferreira em recente audiência na Câmara dos Deputados que tratou do assunto.

Fonte: Fenae

 


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