Porto Velho RO - A greve nacional dos bancários chegou ao seu nono dia nesta quarta-feira, 14/9, e em Rondônia se mantém forte, com 112 agências fechadas das 130 existentes no Estado. E é assim que vai permanecer, se intensificando a cada dia, até que os bancos mudem a postura de intransigência e ofereçam índices decentes para a categoria.

Uma nova rodada de negociação vai acontecer amanhã, quinta-feira, em São Paulo, e o Comando Nacional dos Bancários (formado pela Contraf-CUT, Federações e sindicatos filiados) espera que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que representa o setor patronal, não voltem a desrespeitar os trabalhadores com índices abaixo da inflação e com a proposta inadmissível de abono.

Na reunião ocorrida na terça-feira, 13, em São Paulo, os bancos vieram com o pífio reajuste de 7% nos salários (2,39% abaixo da inflação) e o abono salarial de R$ 3.300,00 (pago em parcela única e que não incide nas férias, 13º salário, FGTS, vales, auxílios e previdência) e, assim como nas demais mesas de negociação, antes e depois do início da greve, nem ‘tocam’ em assuntos de interesse da categoria.

"Que fique bem claro que nós estamos em greve exatamente porque os bancos vieram oferecer um índice muito abaixo da inflação do período, uma inflação que já nos causou perdas. Não vamos aceitar desculpas esfarrapadas sobre crise econômica e muito menos essa de que o índice oferecido se refere à inflação que ainda vai acontecer. Queremos índice com ganho real e nada de abono que não nos ajuda em nada, apenas nos traz perdas agora e para adiante. Por isso esperamos que eles (os bancos) mudem esta postura ditatorial e que ofereçam índices decentes e atendam às demais reivindicações da categoria, que são defesa do emprego, mais saúde, mais segurança, fim do assédio moral e das metas abusivas, mais contratações e igualdade de oportunidades", avaliou Euryale Brasil, secretário geral do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).