Brasília - Em ato em frente ao Matriz II da Caixa, nesta quinta (24), bancárias e bancários exigiram mais respeito e transparência da direção do banco. O protesto faz parte da programação do Dia Nacional de Luta, realizado por várias entidades sindicais em todo o país, contra a reestruturação que foi implantada pela presidência e pelo Conselho Diretor da Caixa

O presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, lembrou da ação jurídica vitoriosa da entidade, que suspendeu os efeitos nefastos da reestruturação no DF e pediu solidariedade aos empregados da Caixa para com os colegas que estão sofrendo com as mudanças. “Precisamos de união para combater esta situação que deve piorar a gestão do banco e a situação dos empregados. O Sindicato luta por mais contratações, uma Caixa 100% pública e o cumprimento dos programas sociais para os quais o banco existe”, defendeu.

O presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, deixou seu recado: “a reestruturação, feita de forma intransigente, é uma tentativa clara de acabar com a característica pública da Caixa e do seu viés social. Miriam Belchior não faz jus ao cargo que ocupa como presidenta de uma instituição que tem na sua história a construção de um país.”

“Exigimos transparência e clareza nas ações da Caixa, que desrespeitou a representatividade das entidades sindicais ao não apresentar nenhum documento sobre a reestruturação”, destacou o presidente da Fetec-CUT/CN, José Avelino.

Vitória judicial

“Com a liminar que ganhamos, ficam suspensos todos os atos praticados pelo banco desde o dia 17 de março. Esse processo, que só prejudica os trabalhadores, foi implantado sem ouvir a opinião dos empregados da Caixa”, explicou a diretora do Sindicato Fabiana Uehara.

Para o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, a decisão judicial referente aos bancários de Brasília deveria ser estendida para as unidades do banco em todos os estados. “A Caixa tem que continuar forte nos prédios administrativos e nas agências. Estamos aqui para exigir respeitos por todos nós.”

Bancários mobilizados

Segundo a diretora do Sindicato Helenilda Cândido, a forma como a reestruturação foi feita trouxe muitos prejuízos para os empregados e, principalmente, para a empresa. “Esse processo trouxe assédio moral violento contra os trabalhadores. Pedimos a todos que procurem o Sindicato e façam suas denúncias para municiar nossas ações”, afirmou a diretora.  

“Além de lutar pela contratação de novos empregados e contra a tentativa de privatização do banco, temos de enfrentar a reestruturação que tira a tranquilidade dos empregados. Mas nós vamos até a última instância para garantir que os direitos dos empregados sejam respeitados pela direção da empresa. O Sindicato está pronto para liderar os empregados da Caixa frente aos desmandos da presidência”, afirmou o diretor do Sindicato Wandeir Severo.  

Rosane Alves

Do Seeb Brasília