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15 de Março de 2017 às 18:27

Bancários de Brasília somam forças à mobilização do Dia Nacional de Luta


Brasília - Milhares de trabalhadoras e trabalhadores de todo o país foram às ruas nesta quarta-feira (15) contra a retirada de direitos arquitetada pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Em Brasília, o Dia Nacional de Lutas uniu movimentos sociais e sindical em marcha pela Esplanada dos Ministérios contra as propostas de desmonte da Previdência Social e da legislação trabalhista.

Homens e mulheres, estudantes, trabalhadores do campo e da cidade se reuniram para a atividade em frente à Catedral de Brasília, de onde saíram em caminhada até o Ministério da Fazenda. Durante o percurso, os manifestantes entoaram palavras de ordem, pedindo a saída de Michel Temer.

A manifestação se concentrou nos arredores do Ministério da Fazenda, onde dezenas de trabalhadores já ocupavam as dependências desde o início da manhã.

“O projeto do governo golpista é de retirada total dos direitos dos trabalhadores. Neste momento, é fundamental que bancários e bancárias, ao lado dos demais trabalhadores, reforcem a mobilização contra o roubo dos nossos direitos. O que está em jogo são os nossos direitos”, alerta Jefferson Meira, diretor do Sindicato e bancário do BB.

Para a secretária de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Marianna Coelho, é hora de ir à luta, considerando, inclusive, a forte ameaça de privatização da Previdência Social. “O que nós vemos é uma proposta de reforma meramente para efeito de privatização. Precisamos nos mobilizar para não ter que morrer trabalhando, como deseja o governo”.

Greve geral da educação 

A greve nacional da educação começou nesta quarta, reivindicando o cumprimento da lei do piso salarial da categoria e em luta contra os ataques do governo federal à classe trabalhadora. Com a proposta de reforma previdenciária, professores e professoras perdem o direito conquistado da aposentadoria especial e não poderão mais se aposentar com cinco anos de contribuição a menos em relação a outras categorias.

O gramado próximo à Avenida das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional, foi tomado por dezenas de cruzes e um caixão. A ação, do Sindicato dos Professores do DF, representa a crueldade da proposta de reforma da Previdência, que poderá levar os trabalhadores a contribuir por 49 anos para ter acesso à aposentadoria integral.

Professora da rede pública há 32 anos, Maria Alves Rolim conta que, sem as condições de trabalho adequadas, “por mais experiência, compromisso e determinação que nós, educadores, tenhamos, não há como ter vitalidade para educar as crianças com qualidade se tivermos que trabalhar até os 65 anos. No fim, todos os trabalhadores do país poderão ser atingidos de forma muito cruel".

“Os trabalhadores do ramo financeiro se solidarizam com a luta dos companheiros professores, em greve geral iniciada hoje. É importante fortalecer a mobilização, convocada inicialmente pelos profissionais da educação, fazendo frente às tentativas de desmonte dos nossos direitos”, destacou o presidente da Fetec Centro Norte e bancário do Bradesco, José Avelino.

TV Bancários Web

Na edição desta quarta-feira, o programa TV Bancários Web convida o secretário de Imprensa do Sindicato, Rafael Zanon, para discutir as reformas trabalhista e da Previdência. O programa é transmitido ao vivo pelo portal do Sindicato e pelas redes sociais da entidade, a partir das 19h.

Colaboração para o Seeb Brasília
Joanna Alves


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