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19 de Agosto de 2016 às 06:17

Ato cultural convoca população para apoiar Campanha Nacional 2016


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - Em ato cultural em frente ao edifício do BRB no Setor Comercial Sul, nesta quinta (18), bancárias e bancários do Distrito Federal colocaram nas ruas a Campanha Nacional 2016, sob o mote “Só a luta te garante”. Além do show realizado pelo coletivo de Artistas Insurgentes pela Democracia, a manifestação contou com a participação da diretoria do Sindicato e da Fetec-CUT/CN.

“Esse é um ato simbólico, porque a nossa campanha já está em andamento desde maio deste ano, com a realização de congressos, conferências, além da entrega das minutas aos bancos”, destacou o secretário de Imprensa do Sindicato, Rafael Zanon. Ele lembrou, ainda, das negociações que começaram nesta quinta (18), em São Paulo, entre a Fenaban e as entidades sindicais, e que prosseguem nesta sexta-feira.

 

Reivindicações

A pauta de negociação vai além das reivindicações específicas da categoria, passando por questões que envolvem toda a população. Neste ano, os bancários reivindicam reajuste de 14,78% – que engloba 5% de aumento real e inflação projetada em 9,31% –, piso de R$ 3.940,24, além de manutenção do emprego, mais contratações e combate ao assédio moral.

“São vários os itens que debatemos além da pauta dos bancários, entre eles redução das tarifas, mais segurança nos bancos e defesa das empresas públicas. Junto com os Artistas pela Democracia, também estamos convocando a sociedade de Brasília para lutar contra o golpe que está em curso”, convocou Zanon.

Setor que mais lucra

Enilson da Silva, diretor da Fetec-CUT/CN, levantou ainda a preocupação com o crescente lucro do sistema financeiro em detrimento das condições de trabalho e da qualidade dos serviços prestados à sociedade. “Por ser o setor mais poderoso e mais influente da sociedade, com condições de atender as nossas reivindicações, tem mais que obrigação de oferecer produtos de qualidade para seus usuários.”

Segurança bancária

Para o diretor do Sindicato Raimundo Dantas, os problemas relacionados à segurança bancária, também pauta da Campanha 2016, envolvem tanto clientes quanto usuários. “As chamadas ‘saidinhas de banco’ e os assaltos às agências bancárias no Distrito Federal têm aumentado bastante nos últimos tempos, afetando bancários e usuários, mas o sistema de segurança pública não tem atentado para esta situação. Por isso, a luta ultrapassa a pauta dos bancários.”

Segundo Enilson, este debate não pode ficar circunscrito apenas ao trabalhador bancário. “É para todo mundo, pois impacta na vida da sociedade em geral.”

Por mais empregos

A manifestação se estendeu até o edifício do Bradesco, também no Setor Comercial Sul, onde os dirigentes sindicais protestaram contra o alto índice de demissões no banco. De junho de 2015 a junho deste ano, a empresa cortou 4.478 postos de trabalho e fechou 145 agências, mesmo com um lucro de R$ 8 bilhões só no primeiro semestres de 2016.

“Enquanto demite, o Bradesco, patrocinador oficial dos Jogos Olímpicos, investiu 300 milhões de dólares na competição e reservou outros R$ 500 milhões apenas para o deslocamento da tocha. Falta de recursos não pode ser a justificativa para as demissões”, provocou o diretor da Fetec-CUT/CN José Garcia. 

Rosane Alves

Do Seeb Brasília


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