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11 de Outubro de 2016 às 08:36

31 DIAS: A greve da resistência


Brasília - Resistência. Essa é a palavra que sintetiza a luta dos bancários na Campanha Nacional 2016. Foram 31 dias de uma greve histórica, a maior nos últimos 25 anos, em meio a um turbulento cenário de ameaças do governo, de ataques de parte da mídia e do judiciário e de sucessivas tentativas dos banqueiros de derrotar os bancários -- desde a entrega das pautas, no início de agosto, até a aprovação das propostas geral da Fenaban e específicas do BB, Caixa e BRB, na quinta-feira (6).   

Ao final, os bancários garantiram um acordo com a Fenaban com validade de dois anos. Para 2016, será aplicado reajuste salarial de 8% mais abono de R$ 3.500, a ser pago em uma única parcela, com incidência de IR. Sobre a cesta-alimentação, o índice será de 15% (ganho real de 4,9%,para uma inflação de 9,62%), e sobre o vale-refeição e auxílio creche-babá, de 10% (ganho real de 0,35%). Além disso, todos os dias de greve serão abonados. Para 2017, os salários e as demais verbas serão reajustados pela reposição da inflação (INPC) mais 1% de aumento real. 

Nas reivindicações sobre emprego, os bancários conquistaram a criação de um centro de realocação e requalificação profissional, com o objetivo de combater as demissões no setor. As regras serão discutidas entre bancos e o Comando Nacional dos Bancários.  Numa conjuntura extremamente difícil, agradecemos a confiança depositada pela categoria no Sindicato para conduzir essa luta em defesa dos interesses dos trabalhadores”, agradece o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.  

 

Bancos tentaram restringir o direito de greve 

Na greve, o Sindicato foi ameaçado por cinco ações na justiça movidas pelos bancos. No dia 9 de setembro, o BB obteve interdito proibitório. O valor da multa caso o Sindicato descumprisse a decisão era de R$ 150.000 por evento, limitado a R$ 5 milhões. Santander e  Itaú também entraram com interditos, não concedidos, bem como a TS7 Participações e a Via Engenharia, co-proprietárias do edifício Green Towers. A OAB-DF também, e o pedido foi negado. 

 

Na TV, Sindicato esclarece população; Globo censura 

A luta dos bancários mais uma vez encontrou resistência por grande parte da mídia, que, via de regra, ignora as reivindicações da categoria e explora somente o lado “negativo” da greve. Por isso, o Sindicato, a exemplo de campanhas anteriores, foi à TV esclarecer a população. Foram veiculados vídeos nas redes de televisão Record e SBT. A TV Globo também foi procurada, mas se recusou a divulgar o vídeo em sua programação.

> Veja qui o informativo bancário do SEEB/Brasília


Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


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