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26 de Maio de 2022 às 06:00

Bancos não cumprem Leis de segurança em agências de negócios


A nova “tendência” de mercado dos bancos é investir na abertura de agências digitais e transformar as agências físicas nas chamadas “lojas” ou “agências de negócios”, as quais funcionam sem atendimento de caixas presenciais para movimentação de dinheiro nas unidades, elemento considerado suficiente pelos próprios bancos para não cumprir as legislações de segurança bancária.

Nessa nova modalidade de agência os bancos descumprem Leis que obrigam instalação de portas giratórias com detector de metais, biombos para separação de fila no atendimento, câmeras de filmagens, vigilantes armados, cofres inteligentes, dentre outros dispositivos instalados, que para os bancários, clientes e usuários serviam como itens de segurança e diminuíam a criminalidade nos referidos bancos.

Divulgação

“Ocorre que nos últimos anos, com as mudanças no sistema financeiro, fruto do avanço tecnológico, os bancos passaram a descumprir as leis de segurança, sejam elas Federais, Estaduais e Municipais de segurança bancária, e atuam no sentido de revogar estas legislações. Hoje, nesse novo formato de agências que eles chamam de ‘lojas’ ou ‘agências de negócios’, onde inexiste caixas físicos, mas existem caixas eletrônicos, bem como bancários e bancárias, os bancos alegam que não há mais necessidade do cumprimento de tais leis, como se isso diminuísse o risco a vida dos bancários, dos clientes e dos usuários, passando a atuarem fora da lei”, critica o diretor do Sindicato dos Bancários do Pará e membro do Comitê Nacional de Segurança Bancária, Sandro Mattos.

O dirigente sindical orienta que, em casos de descumprimento das leis de segurança bancária, a população e os bancários devem denunciar à Polícia Federal e ao Sindicato dos Bancários o descumprimento destas leis de segurança, os bancos podem ser acionados judicialmente por qualquer pessoa; e avalia que o assunto, considerado de extrema importância, deve ser um dos principais temas para a luta da categoria na Campanha Nacional em 2022.

“É preciso que este tema seja debatido na mesa de negociação com a Fenaban, para pressionarmos os bancos a cumprirem às leis e investirem mais em equipamentos que tornem as agências um lugar seguro para trabalhar ou utilizar seus serviços. Caso os bancos não queiram negociar este tema, devemos articular a ampliação destas leis, no sentido de que mais municípios passem a contar com legislações de segurança bancária. Inclusive ampliando ao ramo financeiro, como por exemplo, Cooperativas de Crédito e Financeiras. Por fim, o respeito à vida continua sendo nosso maior patrimônio e devemos investir e proteger da melhor maneira possível, não aceitando essa imposição dos bancos de fragilizar a segurança no sistema financeiro nacional”, destaca Sandro Mattos.

Fonte: Bancários PA


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