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26 de Fevereiro de 2021 às 09:22

Com duas mortes em menos de 30 dias, bancários de Rondônia clamam por vacina, conscientização e fiscalização mais rigorosa


Dois bancários perderam a luta contra a covid-19 em menos de um mês, sendo um funcionário do Bradesco de Porto Velho (no dia 27 de janeiro) e um do Banco do Brasil de Ji-Paraná (ontem, segunda-feira, 22 de fevereiro), e este trágico cenário aumentou ainda mais a preocupação dos trabalhadores do ramo financeiro, que exigem uma resposta imediata das autoridades de saúde e segurança pública.

O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) entende que esta denominada “segunda onda” da pandemia é ainda mais alarmante e aterradora, pois as novas variantes do coronavírus (SARS-CoV-2) já confirmadas por especialistas e pelas autoridades de saúde, se propagam com velocidade maior de contágio e possuem taxa de letalidade ainda mais efetiva, atingindo agora até mesmo os indivíduos mais jovens (que não faziam parte do chamado grupo de risco etário da doença), e esses agravantes, aliados a um nítido ‘relaxamento’ na adoção de medidas de proteção e prevenção por parte da própria população, faz com que os números de mortos não parem de aumentar no estado.

Só nesta segunda-feira (23), de acordo com o boletim da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) e da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), 33 pessoas morreram por covid-19 em Rondônia, sendo 20 apenas na capital Porto Velho.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, Rondônia já contabiliza 2.721 mortes pela doença, de um total de 143.085 de pessoas que foram contaminadas até o momento.

“Sabemos que o país sofre com a quantidade precária de doses de vacinas para uma imunização considerada minimamente aceitável da população, e estamos cientes também de que as doses disponibilizadas até o momento, aos governos estaduais e prefeituras, são destinadas, prioritariamente, aos servidores que fazem o atendimento contra a covid nas unidades de saúde, além dos idosos. No entanto, devemos lembrar que os trabalhadores do ramo financeiro, em especial os bancários, devem ser incluídos nos grupos prioritários para a vacinação, pois eles estão incluídos no Decreto nº 10.282, de 20 de março de 2020, da Presidência da República, que dispõe, no seu Artigo 3º, que atividades de atendimento ao público em agências bancárias, cooperativas de crédito ou estabelecimentos congêneres, são consideradas atividades essenciais, principalmente no que se refere aos programas governamentais ou privados destinados a mitigar as consequências econômicas da pandemia. Estes trabalhadores também estão, desde o início, na linha de frente do combate à pandemia, pois são eles que estão nas agências, diariamente, fazendo o atendimento a milhares de pessoas que, neste momento de grave crise econômica, de desemprego recorde e diante de um cenário de desespero e desesperança, vão aos bancos buscar algum benefício, algum dinheiro para sobreviver”, destaca José Pinheiro, presidente do Sindicato.

CONSCIENTIZAÇÃO E MAIOR FISCALIZAÇÃO

De acordo com o presidente do Sindicato, para um enfrentamento efetivo contra a pandemia, que consiga, pelo menos, uma diminuição no número de infectados e mortos, é fundamental que as pessoas continuem mantendo o isolamento social, respeitando o distanciamento, usando máscaras em todos os lugares e evitando aglomerações, além de continuar lavando bem as mãos e usar álcool em gel sempre que puder.

Além disso, o Sindicato reivindica uma fiscalização maior, por parte das autoridades de segurança pública (Polícia Militar), de saúde e das Secretarias Municipais de Fazenda (responsáveis pelo funcionamento de estabelecimentos comerciais), para que as determinações dos sucessivos decretos estaduais de isolamento social restritivo (que inclui praticamente todos os municípios na chamada ‘Fase 1’) sejam devidamente cumpridas pela população.

“É claro que, após quase um ano do início da pandemia no país, todos nós já estamos cansados desta situação, de ser obrigados a ficar em casa, isolados, de ficar longe das pessoas que amamos, de acumularmos tantas perdas e prejuízos com os negócios, mas ainda assim, se quisermos sobreviver a esta catástrofe histórica que atingiu todo o planeta, precisamos continuar firmes, mesmo a contragosto, nos protegendo e protegendo a quem amamos. Por isso pedimos a todos os bancários, aos trabalhadores das cooperativas de crédito e à população em geral que continuem adotando todas as medidas preventivas contra esta doença, não importa o tempo que isso nos custe”, concluiu o dirigente.


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