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25 de Setembro de 2013 às 15:22

25/09/2013 - Em uma semana de greve dos bancários quase 10 mil agências fechadas no Brasil


(Porto Velho-RO) - Hoje, quinta-feira, 25 de setembro, completa uma semana de deflagração da greve nacional dos bancários e, de acordo com os números divulgados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na tarde de ontem, 9.665 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados haviam sido fechados em todo o país.

Esse número revela um aumento significativo de unidades fechadas em comparação ao mesmo período da greve do ano passado, o que demonstra a indignação dos bancários com a postura intransigente dos bancos que, por meio da Fenaban, propôs nada além de um reajuste salarial de 6,1%.

O avanço na greve se deve ainda pelo silêncio dos bancos, que até agora não se manifestaram para sequer propor uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários e, consequentemente, atender às reivindicações por aumento real de salário, valorização do piso, mais contratações e fim da rotatividade, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades.

O Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT, vai se reunir nesta quinta-feira 26, em São Paulo, para fazer um balanço da primeira semana da paralisação.

Em Rondônia o número de agências fechadas também aumentou. Nesta quarta-feira foram 104 pontos fechados, um percentual considerável comparado ao primeiro dia, que teve 84 unidades do Estado fechadas.

A greve nacional foi deflagrada no dia 19, depois que os bancários rejeitaram em assembleias realizadas dia 12 a (única) proposta apresentada pelos bancos até agora, que apenas repõe a inflação do período (6,1%) e nega as demais reivindicações econômicas e sociais.

“Já esperávamos este avanço diário da greve, com a adesão ainda maior dos empregados e, obviamente, com mais agências fechadas. O movimento é feito dia após dia, na base do convencimento dos colegas e no aumento da greve, pois só assim é que vamos conseguir ter força para pressionar os bancos a voltarem a negociar com a categoria”, avaliou José Pinheiro, presidente do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO).

AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

(Com informações da Contraf-CUT)


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