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25 de Setembro de 2013 às 10:45

25/09/2013 - Apesar de forte chuva, bancários da Ride e de Brasília fazem manifestação conjunta


(Formosa-GO) - Os trabalhadores do ramo financeiro dos 17 municípios goianos da Ride seguem firmes na greve que atinge quase 80% das agências e postos de atendimento bancário da região do Entorno do Distrito Federal. “A categoria está dando demonstração de força, pois sabe que só com luta, com muita mobilização e unidade, farão os banqueiros cederem e atenderem as nossas justas reivindicações”. A avaliação é do presidente do Sintraf-Ride, Clever Bomfim.

No sexto dia da greve nacional, os bancários ampliaram a paralisação nesta terça-feira em todo o país, fechando 9.665 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados, e realizaram manifestações em várias capitais, inclusive em Brasília, para manifestar a indignação contra o silêncio dos bancos diante de suas reivindicações por aumento real de salário, valorização do piso, mais contratações e fim da rotatividade, melhores condições de trabalho, mais segurança e igualdade de oportunidades.

Os bancários da Ride e de Brasília fizeram uma manifestação conjunta, apesar das fortes chuvas que caíram sobre o DF, com trabalhadores e trabalhadoras dos Correios diante do Ministério do Planejamento, em Brasília.

A Fenaban rompeu o silêncio ontem apenas para mentir ao público. Segundo a Agência Brasil, a federação patronal afirmou em nota distribuída em São Paulo que segue propondo apenas a reposição da inflação, alegando inclusive desconhecer oficialmente a rejeição das assembleias dos bancários ᅠ sua proposta. O engodo visa atingir e desgastar os grevistas, retirando da federação dos banqueiros a responsabilidade pela paralisação em função da falta de nova proposta ao pedido de aumentos reais nos salários e nos pisos, mais contratações, fim das metas abusivas e melhorias nas condições de trabalho.

“Contra essa postura patronal, a orientação do Sintraf-Ride aos grevistas é continuar o trabalho de esclarecimento na agências, aumentando a adesão de bancários ao movimento e à luta e conversando com a população sobre as reivindicações da categoria, que refletirão na melhoria do atendimento público, se forem atendidas”, recomenda Clever Bomfim.

Assembleia na quinta-feira

Nova assembleia será realizada em conjunto com o Sindicato dos Bancários de Brasília na quinta-feira, dia 26, às 19h, na Praça do Cebolão, no SBS.

Crescimento diário da greve

Como nos anos anteriores, a greve vem crescendo a cada dia. No primeiro dia foram fechados 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e no Distrito Federal. A paralisação atingiu 7.282 dependências no segundo dia e 9.015 unidades nesta segunda-feira 23.

"Os seis maiores bancos lucraram R$ 29,6 bilhões só no primeiro semestre e exibem a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. A categoria já deixou claro que não volta ao trabalho sem aumento real e vai ampliar a greve para quebrar a intransigência da Fenaban", adverte o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.


Fonte: Sintraf-Ride, com Contraf-CUT


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