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23 de Julho de 2015 às 23:00

24/07/2015 - Empregados da Caixa exigem mais diálogo do banco em mesa de negociação


Brasília - Em mais uma rodada de negociação, nesta quarta-feira (22), em Brasília, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) retomou o debate com a instituição sobre diversos pontos que afetam a vida da categoria. Na pauta, entre outros itens, contratação urgente de pessoal, programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) e esclarecimentos sobre a não reposição de Licenças por Interesse Pessoal (LIPs) e sobre o Processo Seletivo Interno (PSI).

“A Caixa está se furtando ao diálogo com seus empregados. Queremos mais transparência do banco”, reforçou Enilson da Silva, representante do Sindicato e da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) na CEE/Caixa. 

Mais contratações

Esse é um ponto nevrálgico na mesa de negociação permanente. A Caixa ratificou mais uma vez que está cumprindo o acordo e irá contratar 2 mil empregados até o final de 2015, como está previsto no Acordo Coletivo. 

“Na verdade, a Caixa não está cumprindo o acordo. Pelo contrário, tem demitido. E o governo já deu autorização para que o banco trabalhe com 103 mil bancários. O Sindicato continuará de olho e atuando para que ocorram essas contratações”, ressaltou Enilson, que também é empregado da Caixa.

A CEE reiterou o pedido de explicações sobre o déficit atual de 5 mil empregados e sobre a reposição dos pedidos de aposentadoria. Conforme levantamento da Comissão, a reposição desses novos empregados não se daria mais no patamar de 101 mil empregados. Hoje, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o número de empregados do banco não chega a 98 mil pessoas.

Suspensão do GDP

Ao debater o programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), a Comissão citou a cláusula 56 da Convenção Coletiva a qual determina que  a cobrança por meta deve ser equilibrada, com ranking por unidade, para estimular a equipe, e não individualizada como vem acontecendo.

A Comissão destaca que, ao aplicar o GDP, além de descumprir o acordo coletivo, a Caixa está depondo contra a sua missão de responsabilidade social, pois está contribuindo para o aumento do adoecimento dos empregados, principalmente dos gestores. Com base nesta situação, a CEE propõe a finalização do programa caso não haja um acordo.

A diretoria da Caixa afirmou que o programa está no seu primeiro estágio e tem previsão para continuar até o final de 2016, quando terá alcançado todos os empregados. Disse, ainda, que a mesa de negociação é o espaço propício para se ajustar e adequar a gestão.

Não reposição de LIPs

A Comissão cobrou da Caixa mudanças na concessão de Licenças por Interesse Pessoal (LIPs). A reivindicação é para que a vaga gerada nesse processo seja reposta imediatamente, com o objetivo de não sobrecarregar os demais empregados e não provocar perda da qualidade dos serviços. 

Assim, segundo a Comissão, o empregado poderá, ou não, voltar para o lugar de origem. A Comissão da Caixa se comprometeu a levar o pedido para avaliação pela área gestora.

Processo Seletivo

Sobre o Processo Seletivo Interno (PSI), o CEE solicitou que a Caixa amplie o espaço de diálogo e exponha, na mesa, todos os pontos do modelo para que o processo seja estudado e aperfeiçoado. A partir de diversas denúncias de empregados, a Comissão cobra mais objetividade, transparência e lisura na elaboração e aplicação da prova. 

A diretoria do banco afirmou que as reclamações serão averiguadas e levadas em consideração no aprimoramento do PSI.

Reversão de Descontos

Com relação à exigência de reversão dos descontos em folha para os empregados que participaram das manifestações referentes à Luta contra a terceirização (dias 27 de fevereiro, 15 de abril e 19 de maio), a Caixa afirmou que não há respaldo em lei para isso. Disse, ainda, que o assunto não era relevante para a categoria a ponto de abonar as faltas.

“Não descumprimos nenhuma lei. A Caixa não cometerá nenhuma irregularidade se abonar essas faltas”, esclareceu Enilson. E enfatizou: “A luta contra a terceirização é um fato relevante sim, pois não podíamos esperar o fato se consumar para tomar uma atitude. Foi a atuação desses companheiros que manteve o PL 4330 (rebatizado de PLC 30 no Senado) no limbo, de onde não deveria ter saído”.

Outras pendências 

Com objetivo de melhorar as condições de trabalho em todos os segmentos da Caixa, a Comissão também cobrou posicionamento do banco sobre a valorização dos profissionais da área de TI, solicitou detalhamento referente às visitas de técnicos nas agências-barco e discutiu problemas relativos ao adiantamento odontológico e a validação de atestado.

Rosane Alves
Do Seeb Brasília

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