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19 de Agosto de 2015 às 14:29

19/08/2015 - SEEB/Brasília participa de ato em defesa de empregos no HSBC




Brasília - Dirigentes do Sindicato dos Bancários de Brasília e representantes das Comissões de Organizações dos Empregados (COE) do HSBC de todo o país fizeram um ato nesta terça-feira (18), das 11h às 12h, em frente ao Banco de Central, em Brasília, em defesa da manutenção dos empregos e direitos dos trabalhadores. O banco inglês foi adquirido recentemente pelo Bradesco, e a preocupação é de que esse processo possa resultar em desligamentos. 
 
Em junho, quando foi feita a transação financeira, o HSBC – que emprega 266 mil pessoas em todo o mundo – anunciou um plano de reestruturação que prevê a redução de 10% no número de funcionários, o que representa entre 22 a 25 mil postos de trabalho. No Brasil, o banco britânico contabiliza 21 mil trabalhadores. E o Bradesco, 93 mil.
 
“Nós estamos aqui, juntamente com o Sindicato dos Bancários de Brasília, fazendo uma cobrança ao Banco Central para que trate corretamente essa fusão do Bradesco com o HSBC”, frisou o secretário de Organização e Política Sindical da CUT, Jacy Afonso. E acrescentou: “Além da manutenção do emprego dos trabalhadores, queremos assegurar uma regulamentação do Sistema Financeiro Brasileiro que atenda a produção e não a especulação como hoje acontece no país”.
 
Também presente na manifestação, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), que é bancária e ex-presidenta do Sindicato dos Bancários de Brasília e da CUT Brasília, assegurou: “Não vamos admitir que se mexa nos empregos. O Sistema Financeiro, que é o segmento que mais lucra, não pode tratar os trabalhadores como se fossem coisas e arrancá-los da sua condição de bancários”.
 
O diretor do Sindicato e integrante do COE do HSBC Paulo Frazão, que também é empregado do banco, defendeu a transparência no processo e garante que todos estão unidos em prol da preservação dos empregos dos trabalhadores. Ele informou que foi cancelada uma audiência pública agendada para a manhã desta terça-feira (18), com o Banco Central e com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). “Mas já estamos tentando marcar uma nova reunião para a próxima semana”, disse Frazão. 
 
“Viemos cobrar que o Banco Central cumpra o seu papel social e deixe de atuar como sindicato dos bancos e passe a atuar de fato como um órgão regulador”, ponderou o diretor da Federação dos Bancários do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, Rubens Branquinho. “O nosso foco é a garantia da manutenção do emprego dos trabalhadores”, emendou.
 
Pedido de socorro dos bancários

Coordenadora Nacional da Comissão de Organização dos Empregados do HSBC, Cristiane Zacarias resumiu o ato como um pedido de socorro dos bancários, porque, segundo ela, o acordo de venda do HSBC ao Bradesco que foi apresentado nos últimos dias ao Banco Central não pode ser homologado.

“O BC precisa considerar a questão social envolvida no processo e não somente considerar os efeitos e os interesses econômicos”, avaliou Cristiane.

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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