Cuiabá/MT - “Cooperativismo: Uma análise comparativa entre a perspectiva de Marx e a proposta do MST”, este é o título da dissertação do diretor do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), Alex Rodrigues. A defesa de mestrado será no dia 19 de agosto às 15 horas no auditório 2 do ICHS da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

A dissertação traz uma análise comparativa entre cooperativismo na perspectiva de Marx e a proposta desenvolvida pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) com os objetivos de contextualizar a formação, a organização e a estruturação do MST a partir do método e da teoria de Marx, analisar o cooperativismo e suas concepções contraditórias, bem como, a proposta teórica do MST e como se dá sua aplicação na prática, visando ao final compará-la com a perspectiva de Marx.

De acordo com Alex Rodrigues, foi desenvolvida uma ampla pesquisa bibliográfica para compreender a formação do movimento. “Identificamos que a estruturação e a formação do MST se deram conforme os postulados do método de Marx, sendo que o seu surgimento, organização e expansão ocorreram entre 1979 aos dias atuais, em meio às dificuldades e ambiguidades próprias do sistema capitalista de produção”.

Também foi realizada uma análise dos pressupostos sobre cooperativismo na perspectiva de Marx, bem como da proposta teórica e prática do MST, através de uma ampla revisão bibliográfica e de pesquisas de campo em um assentamento em Mato Grosso e em duas cooperativas em Santa Catarina. Ao final, confrontou-se a concepção e a perspectiva de Marx sobre o cooperativismo com o modelo proposto pelo MST.

“Foi muito gratificante realizar um estudo sobre um dos maiores e mais organizado movimento social do país, pois além de compreendermos algumas questões referentes ao seu surgimento e organização, também conseguimos visualizar sua proposta de cooperativismo na teoria e na prática. Os resultados nos demonstram que o MST e a classe trabalhadora brasileira necessitam desenvolver de forma mais concisa a consciência de classe, continuando com o enfrentamento contra a ordem dominante para que a maioria da população usufrua da riqueza produzida no país e não mais uma ínfima minoria de capitalistas, ou seja, para que um projeto socialista seja possível é necessário que o proletariado esteja consciente de seu papel na sociedade”, finaliza o mestrando.