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10 de Agosto de 2015 às 08:02

10/08/2015 - SEEB/Brasília constata abuso e descaso do Itaú nas agências do DF


Brasília - Abuso, descaso e violação dos direitos dos consumidores. Esse é o cenário encontrado pelos diretores do Sindicato durante visitas às agências do Itaú Unibanco no Distrito Federal, na tarde desta sexta-feira (7). Foram visitadas as unidades do Gama, Santa Maria, São Sebastião, Paranoá e Sobradinho.

Nesta última, o desrespeito com os clientes e funcionários beirava à sandice. Trabalhadores, aposentados, deficientes, idosos e grávidas aguardavam mais de uma hora para serem atendidos. O resultado: filas gigantescas para todos os tipos de atendimento, incluindo até mesmo os serviços no caixa eletrônico.

“Mesmo com um lucro líquido que supera R$ 11 bilhões no primeiro semestre, o Itaú segue com demissões injustificadas. Só no Distrito Federal, mais de 70 bancárias e bancários perderam seus empregos. O Sindicato está denunciando esse descalabro e vem pedir apoio de vocês para reverter essa situação”, falou o diretor do Sindicato e bancário do Itaú Sandro Bessa para uma agência abarrotada de clientes.

O objetivo dessa série de protestos é municiar os funcionários e clientes do banco sobre quais são as verdadeiras intenções do banco e quais as consequências decorrentes da diminuição do número trabalhadores.

“Para melhorar essa situação, o banco precisa voltar a contratar e abrir mais agências. Não adianta culpar a crise pela qual o Brasil está passando. O setor bancário não está em crise financeira. Pelo contrário. Tem um lucro diário de R$ 96 milhões”, destacou o diretor do Sindicato Adilson Sousa.

“Faltam funcionários e sobram reclamação dos clientes e adoecimentos de bancárias e bancários que continuam sofrendo com a falta de compromisso do banco”, discursou Louraci Morais, diretora do Sindicato e da Fetec-CUT/CN.

Reclamação de clientes

O mecânico Natanael Martins exige que o banco melhore o atendimento. “Sem os clientes os bancos não existem e nos tratam com descaso. O atendimento aqui demora mais de uma hora. São apenas três caixas para atender esta multidão de pessoas. Pessoas para trabalhar é o que mais tem no mercado”, reclamou.

Para a artesã e cliente do banco Gislene Lira, o que acontece nos bancos é um descaso com os clientes. “O banco lucra bilhões e deixa uma agência dessas com apenas três caixas funcionando. Tem mais de uma hora que estou na fila. Isso tem que mudar o mais depressa possível”, criticou Gislene, que acompanhava o pai, de 85 anos, à agência.

“Queremos reforçar esta manifestação do Sindicato. No papel de clientes nós sofremos muito. Principalmente nesse banco. Nós merecemos um pouco mais de respeito e tenho certeza que a culpa não é dos funcionários. Isso aqui é uma covardia dos banqueiros”, protestou o pedreiro e cliente do banco há 8 anos, Nilson Sebastião Rodrigues.

Cliente do banco há mais de 10 anos, a artesã Odacir Menezes disse que a permanência na fila do Itaú não é menor que uma hora. “A maioria das agências estão todas lotadas. Não há respeito com idosos, com mulheres grávidas, com deficiente físico e com o trabalhador que vai pagar as contas na hora do almoço".

Na opinião do diretor da Fetec-CUT/CN e funcionário do Itaú Washington Henrique, para acabar com a agonia de clientes e funcionários, a contratação tem que ser urgente. "Estamos protestando contra o grande número de demissões e explicando para os clientes a causa do desgaste pelo qual os funcionários estão passando”, esclareceu.

“É um absurdo que um banco que lucra tanto continue com essa política de demissões. O Sindicato está batalhando para que sejam feitas as readmissões e para que se contrate novos funcionários”, assegurou a diretora do Sindicato Teresa Cristina Pujals.

Também participaram das visitas os diretores da Fetec-CUT/CN Larissa Ribeiro e Jorge Kotani.

Fonte: SEEB/Brasília - Da redação 


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