Nesta quinta-feira, 6 de agosto, os empregados da Caixa de todo o país mostraram, mais uma vez, unidade e força de mobilização. Com o importante reforço de concursados à espera de convocação e de clientes e usuários do banco, promoveram o Dia Nacional de Luta por Contratação Urgente na Caixa, cujo objetivo é forçar a empresa a acelerar o ritmo de contratações. Em todas as cidades onde houve ações, o recado foi claro: chega de trabalhadores sobrecarregados, aprovados em concurso frustrados e população mal atendida.

Cartazes e faixas da campanha ‘Mais Empregados para a Caixa, Mais Caixa para o Brasil’ se espalharam na entrada e dentro das agências. Inúmeras fotos com a hashtag #MaisEmpregadosJá foram postadas nas redes sociais.

Em frente às unidades, a sociedade receber uma carta sobre o assunto e foi convidada a engrossar o abaixo-assinado que será entregue à presidenta Dilma Rousseff e à presidenta da Caixa, Miriam Belchior. E como não poderia ser diferente, foi grande o apoio dos brasileiros.

“A exemplo do que ocorreu na campanha pela manutenção da Caixa 100% pública, nossa categoria provou do que somos capazes quando nos unimos. Foi bonito ver o Facebook, o Twitter e o Instagram repletos de fotos de empregados e concursados mobilizados por todo o Brasil”, afirma o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. Ele, no entanto, adverte “o dia 6 de agosto passou, mas a luta continua até que a empresa passe a contratar mais, sobretudo para repor os mais de 3 mil que saíram no Plano de Apoio à Aposentadoria”.

Nesta quinta-feira, aliás, mais um áudio de Miriam Belchior circulou nas redes sociais. Na gravação feita durante uma videoconferência no Pará, ao ser questionada sobre a reposição dos que se aposentaram pelo PAA, a presidenta do banco reafirma que o remanejamento será o caminho. “O que estamos trabalhando é olhando o conjunto das agências e fazendo um processo de remanejamento interno. Algumas estão precisando de muito, e tem pessoas que podem ser remanejadas. Isso a gente também vai fazer na matriz”, diz.

Na semana passada, logo após a divulgação do primeiro áudio com declaração semelhante, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf/CUT nas negociações com o banco, solicitou audiência para cobrar esclarecimentos de Miriam Belchior. “Até agora não obtivemos resposta. Nessa nova gravação, ela destaca que o responsável pelo desempenho da Caixa é o corpo funcional. Mas ao invés de valorizar esses empregados com melhores condições de trabalho, o que se faz é sobrecarrega-los mais a cada dia, o que tem gerado mais adoecimento”, lamenta Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa.

Com relação aos próximos passos, Fabiana Matheus reforça o alerta feito por Jair Pedro Ferreira: o Dia Nacional de Luta por Contratação Urgente na Caixa tem que ser apenas a primeira grande ação. “A campanha salarial se aproxima e esse será um dos principais itens da nossa pauta de reivindicações. Por isso, a mobilização de todo o conjunto de trabalhadores continuará sendo fundamental. Não aceitaremos nenhum retrocesso quanto à atuação do banco, que tem forte papel social e se tornou, nos últimos anos, parceiro estratégico do Estado brasileiro na execução de políticas públicas”, frisa.

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