Brasília - Os representantes das comissões de organizações dos funcionários (COE) do HSBC e do Bradesco se reuniram nesta quarta-feira (5), na Contraf-CUT, em São Paulo, para discutir os impactos do anúncio da aquisição do HSBC pelo Bradesco e a organização dos bancários a partir de agora.

A afirmação das direções dos bancos de que não haverá demissões em massa gerou questionamentos entre os dirigentes sindicais, que estão preocupados em garantir a manutenção dos empregos e direitos dos trabalhadores, após a aquisição do banco inglês.

Representando o Sindicato, o secretário de Imprensa, Garcia Rocha, considerou o encontro importante para intensificar a mobilização de todos os sindicatos do país em defesa dos bancários do HSBC e Bradesco. “Vamos defender os empregos dos bancários em todas as esferas possíveis”, garantiu.

Para o diretor do Sindicato e integrante da COE Paulo Frazão, é preciso continuar com as pressões junto ao HSBC com o objetivo de exigir transparência no processo. E frisou: “Estamos preocupados com todos os bancários do Bradesco e do HSBC”.

O número total de empregados do HSBC no país, em dezembro de 2014 era de 20.165 trabalhadores e o de agências bancárias, 853 unidades. O setor bancário brasileiro já vive um oligopólio. No ano passado, os seis maiores bancos (BB, Itaú-Unibanco, Bradesco, Caixa, Santander e HSBC) passaram a concentrar 82,5% do Ativo Total do Sistema Bancário Brasileiro. Em 1999 esse mesmo índice era de 59%.

Com relação às operações de crédito, observa-se a mesma tendência: enquanto em 1999 os seis maiores bancos possuíam pouco mais de 60% do total de operações de crédito do setor, em 2014 essa participação chegou a 85%.