Brasília - Os gerentes do BRB, especialmente os de negócio, estão apreensivos com uma medida posta em prática nos últimos dias: a necessidade de elaboração de uma planilha diária com a produção. Diversos gerentes entraram em contato com o Sindicato dos Bancários de Brasília preocupados com a possibilidade de a iniciativa ser um elemento de construção de “rankings” e de exacerbação da pressão por cumprimento de metas e, consequentemente, de potencialização de assédio moral.
O Sindicato cobrou esclarecimentos do banco. Segundo o BRB, a medida significa a retomada de um acompanhamento que já houve no passado, cuja finalidade será única e exclusivamente para mensurar o nível de atingimento de metas determinadas para o conjunto do banco, de forma que se possa ter uma ferramenta eficaz de acompanhamento e de tomada de decisão para correção de rumos, como alterações ou ajustes de metas.
Ainda segundo o banco, a medida visa a potencialização daquelas metas cujo atingimento estejam melhores e também correções naquelas cujo atingimento esteja difícil. O BRB, por fim, assinalou que em breve o instrumento será disponibilizado na rede, minimizando o trabalho de preenchimento.
Instado pelo Sindicato, o banco negou veementemente que tal inciativa vise a criação de “rankings” e que em hipótese alguma será utilizada como elemento que propicie qualquer forma de assédio, até porque, segundo explicou, esta prática é severamente combatida.
“O Sindicato está atento e alerta a todos que estejam sendo cobrados a produzir esta planilha que denunciem qualquer desvirtuamento dessa medida. Buscar mecanismos que possam favorecer a correção de rumos quanto às metas, de forma que estas se tornem factíveis, é uma medida importante. Porém, utilizar este tipo de levantamento para criar ambiente de pressão e de assédio dentro do banco é intolerável, e o Sindicato não permitirá que aconteça”, comenta o diretor do Sindicato Antônio Eustáquio.