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18 de Outubro de 2016 às 06:03

Um mês para lembrarmos a importância da prevenção ao câncer de mama


O sorriso marcante e a fala firme são umas das principais características da bancária do Banpará e dirigente sindical, Odinéa Gonçalves, antes, durante e após um câncer na mama esquerda em 2010.

Odinéa durante assembleia, no Sindicato, em março de 2011, cerca de 3 meses após o tratamento

As dores se intensificaram dias antes do exame de rotina e o diagnóstico veio seguido com a data da cirurgia para retirar um quadrante da mama onde estava o tumor. “Foi um mês do diagnóstico até a cirurgia, e nesse curto período o tumor quase triplicou de tamanho. Isso mostra a importância do diagnóstico precoce para a cura da doença que acomete tantas mulheres no mundo todo”, destaca Odinéa.

Depois da cirurgia delicada, vieram os tratamentos mais temidos pelas debilitações que causam. Foram 8 meses de tratamento contínuo, 6 de quimioterapia e os outros de radioterapia. “A transição de um tipo de tratamento para o outro foi para mim a fase mais difícil da doença, foi quando eu perdi todos os meus cabelos e os lenços passaram a fazer parte do meu vestuário de todos os dias”, lembra a bancária.

Durante o tratamento, a intensa atividade sindical teve que ser interrompida não por falta de vontade, mas por falta de força física. “A quimio deixa a gente completamente debilitada e se não fosse o apoio da minha família diariamente não sei se conseguiria, eu precisava ter alguém do meu lado 24h e graças a Deus minha família sempre esteve por perto”, conta a dirigente.

Odinéa foi o primeiro e único caso de câncer na família. A cada 3 meses ela vai ao consultório da mesma oncologista desde a descoberta da doença, a médica Paula Sampaio, para acompanhamento de seu estado clínico. No próximo ano, as visitas à oncologista serão menos frequentes, uma vez por semestre, até chegar à periodicidade de uma vez ao ano, pois a maioria das recorrências de câncer acontece nos primeiros cinco anos após o tratamento.

Mas a história de luta e de superação da Odinéa Gonçalves não está aqui por um acaso ou porque ela é diretora do Sindicato, mas porque estamos no mês do movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa, de combate e prevenção ao câncer de mama. Para esse ano, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 830 novos casos podem surgir em todo o Pará.

Odinéa durante assembleia, no Sindicato, em outubro de 2016, 5 anos após o tratamento da doença

“Atualmente levo uma vida normal, sem dores, sem depender de alguém para seguir minha rotina e atividades sindicais; mas sempre respeitando meu organismo, meu tempo, principalmente quanto ao estresse, que acho fundamental controlar como uma forma de prevenção, além dos exames de rotina que devem ser feitos dentro dos períodos corretos a cada ano, além do tradicional toque”, avalia a bancária.

E ela tem razão quanto ao estresse, estudos apontam que as mulheres que vivem uma rotina muito agitada e estressante têm quase o dobro de chances de desenvolver câncer de mama, quando relacionada a outros fatores de risco. Técnicas de respiração, meditação e relaxamento, praticadas em Tai Chi e ioga, ajudam a controlar o estresse e a ansiedade.

A prática de exercícios físicos é outra forma de prevenção ao câncer de mama, além de uma dieta balanceada, amamentação, controle de peso e da ingestão de bebidas alcoólicas.

Outubro Rosa – A história do Outubro Rosa remonta à última década do século 20, quando o laço cor-de-rosa, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990 e, desde então, promovida anualmente na cidade.

Em 1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi nos Estados Unidos, começaram efetivamente a comemorar e fomentar ações voltadas à prevenção do câncer de mama, denominando como Outubro Rosa. Todas as ações eram e são até hoje direcionadas a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce. Para sensibilizar a população inicialmente as cidades se enfeitavam com os laços rosa, principalmente nos locais públicos, depois surgiram outras ações como corridas, desfile de modas com sobreviventes (de câncer de mama), partidas de boliche, entre outras.

No Brasil, a primeira iniciativa vista em relação ao Outubro Rosa, foi a iluminação em rosa do monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera em São Paulo), no dia 02 de outubro de 2002.

Essa iniciativa foi de um grupo de mulheres simpatizantes com a causa do câncer de mama, que com o apoio de uma conceituada empresa europeia de cosméticos iluminaram de rosa o Obelisco. De lá pra cá, as ações relativas ao Outubro Rosa se espalharam pelo Brasil.

Fonte: Bancários PA com informações de outubrorosa.org


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