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8 de Janeiro de 2018 às 18:30

Tudo a ver: governo ilegítimo, ministra do Trabalho condenada por dívida trabalhista


Em tempos de normalidade democrática seria um completo absurdo, algo inimaginável, inaceitável, o Ministério do Trabalho sob o comando de uma pessoa que desrespeita solenemente os direitos trabalhistas na contratação de empregados, ao ponto de sofrer condenação judicial, com estabelecimento de indenização.

Mas o até então inconcebível é hoje fato noticiado pelos meios de comunicação tradicionais sem o furor de indignação de antes: “Nova ministra do Trabalho é condenada por dívida trabalhista”.

A nova integrante do time de Michel Temer, a deputada federal pelo Rio de Janeiro Cristiane Brasil (PTB) foi condenada judicialmente por não assinar carteira de trabalho de dois motoristas que prestavam serviços a ela e a seus familiares. A um deles, a indenização estipulada em sentença de julho de 2017 foi de R$ 60 mil. Ao outro, que registrou processo em 2017, a deputada se comprometeu a pagar R$ 14 mil, em parcelas de R$ 1 mil, além de assinar a carteira de trabalho.

Como se não bastasse sonegar direitos trabalhistas e ser condenada por isso, Cristiane Brasil ainda arranjou um jeito de se desincumbir do pagamento das parcelas de R$ 1 mil: repassou para uma funcionária de seu gabinete. E vem se negando a fornecer os comprovantes do reembolso à funcionária, sob alegação de que suas movimentações bancárias são de cunho privado.

Um grupo de advogados trabalhistas está ingressando com uma série de ações populares na Justiça Federal do Rio pedindo a suspensão da deputada para o Ministério do Trabalho. O Sindicato dos Advogados do Rio divulgou nota manifestando indignação e repúdio: "Esta nomeação é um deboche contra milhões de trabalhadores brasileiros, que têm seus direitos trabalhistas, hoje, ameaçados por uma reforma que Cristiane Brasil ajudou a aprovar. Mas o pior de tudo é a nomeação para ministra do Trabalho de uma cidadã que não observou os direitos trabalhistas mais elementares de dois de seus empregados”.

Fonte: Seeb Brasília


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