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19 de Maio de 2017 às 09:31

Trabalhadores ocupam Brasília nesta quarta para exigir fim das reformas, Fora Temer e diretas já

Fetec-CUT/CN participa do ato convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais. Reunião da Diretoria Executiva nesta terça-feira 23 em Brasília decide intensificar mobilização por entender que reformas acabam com a categoria bancária


Atualizado dia 24 às 8h55

A CUT e demais centrais sindicais e os movimentos sociais que foram a Frente Brasil Popular e Frente Povo sem Medo ocupam Brasília nesta quarta-feira 24 para exigir a retirada de pauta das reformas trabalhista e da previdência e exigir Fora Temer e convocação de eleições diretas já. A Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), que transferiu para a capital federal a reunião de sua Direção Executiva desta terça-feira 23 para facilitar a participação no Ocupa Brasília, orientou os sindicatos filiados a desenvolverem esforço máximo para participarem da marcha, que terá concentração às 11h no estádio Mané Garrincha. Na reunião, a diretoria decidiu intensificar a mobilização por entender que as reformas vão acabar com os direitos dos bancários e extinguir a categoria.

Leia mais: Se não forem barradas, reformas dos golpistas acabarão com a categoria bancária, adverte Fetec-CUT/CN

“Estamos numa encruzilhada da nossa história. As assombrosas denúncias de corrupção contra o presidente ilegítimo Michel Temer e setores importantes de sua base aliada da semana passada deixam mais uma vez claro que eles não têm condições de continuar governo o país e que Congresso cheio de corruptos perdeu qualquer legitimidade para continuar a votação das reformas trabalhista e da previdência”, avalia Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-CUT/CN.

O forte impacto das delações da semana passada dos donos e executivos da JBS paralisou a tramitação da reforma trabalhista no Senado e a reforma da previdência às vésperas de ser votada na Câmara Federal.

“Por isso é mais importante que nunca que os trabalhadores ocupem Brasília nesta quarta-feira para exigir a retirada de pauta dessas reformas que aniquilam os direitos da classe trabalhadora conquistados em um século de lutas, além do afastamento do golpista Temer e convocação de eleições gerais já, para presidente e para o Congresso Nacional”, acrescenta Cleiton.

Além de participaram da marcha, a reunião da Direção Executiva da Fetec-CUT/CN, que será realizada em Brasília, vai discutir o engajamento da categoria nessas campanhas nacionais da classe trabalhadora e o calendário de mobilização das lutas específicas dos bancários. Veja a programação da reunião:

Terça dia 23

9h30 – Debate sobre Reforma Trabalhista e Reforma da Previdência, com a deputada federal Erica Kokay (PT-DF) e com o diretor de Formação da Fetec-CUT/CN Jacy Afonso.
11h00 – Ações em Defesa Bancos Públicos – informes
14h30 – Comissões de Empresa.
15h30 – Reforma do Estatuto – criação da comissão para debater
17h00 – Organização Ocupa Brasília;
18h00 – Encerramento.

Dia 24/05 - Ocupa Brasília.

O que as reformas retiram dos trabalhadores

A reforma trabalhista impõe:

– O intervalo do almoço será reduzido a apenas meia hora;

– Quem trabalha menos de 30 horas semanais receberá um salário inferior ao mínimo;

– Daremos adeus às férias de 30 dias;

– Teremos jornada de trabalho diária e semanal sem qualquer limitação;

– Será o fim dos concursos públicos;

– Nos despediremos do trabalho com carteira assinada;

– O negociado entre patrão e empregado valerá acima da legislação trabalhista e do determinado nos acordos e convenções coletivas de trabalho;

Uma vez aprovada, a reforma da Previdência:

– Aumenta a idade mínima de aposentadoria, 65 anos para os homens e 62 para as mulheres inicialmente, sendo aumentado no decorrer do tempo;

– Exige 40 anos de contribuição para acessar a aposentadoria integral;

– Acaba com todas as aposentadorias especiais;

– Reduz o valor das pensões e benefícios do INSS em até a metade do que é hoje;

– Acaba com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) que é pago às pessoas idosas ou com deficiências de família pobre;

– Aumenta o tempo de contribuição para os trabalhadores rurais que terão que recolher a contribuição individual por 20 anos e também eleva a idade para 60 anos.

 

Fetec-CUT/CN, com CUT Nacional


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