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24 de Julho de 2018 às 07:17

Terceira mesa com o Banco do Brasil traz poucos avanços nas questões de saúde e segurança


Crédito: Guina Ferraz/Seeb Brasília

A terceira mesa de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários, representado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil da Contraf-CUT, e o banco ocorreu nesta segunda-feira (23), na sede do BB, em Brasília.

Conforme divulgado no calendário das negociações, o encontro tratou dos temas da minuta de reivindicações do Acordo Coletivo Aditivo (ACT) relacionados a saúde do trabalhador e segurança bancária. “Tivemos um debate envolvendo mecanismos de combate ao assédio moral, fim das metas abusivas, restrição das mensagens corporativas nos celulares dos funcionários, para evitar o adoecimento da bancária e do bancário”, destacou o diretor do Sindicato de Brasília e representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa, Rafael Zanon.  

A Comissão de Empresa abriu a reunião fazendo um relato dos problemas de afastamentos e adoecimentos dos funcionários que, em muitas das situações, são causados pela forma de cobrança das metas. Muitas metas abusivas são estabelecidas no BB fora do acordo de trabalho das equipes e com o controle e solicitação exclusiva do gestor, sem ligação com as metas das agências, no caso do BB, o sistema Conexão.

Os funcionários reclamam que as metas geralmente não precificam o mês de férias, o que faz com que até no período de gozo da folga o funcionário não descanse pelo fato de aquele período constar como queda de rendimento.

O banco ficou de avaliar essas situações com as áreas gestoras para entender melhor os problemas.

Cobrança de metas de caixas fora do horário

A Comissão de Empresa relatou ainda que têm chegado muitas reclamações de caixas, cuja cobrança de metas tem sido feita pelos chamados caixas líderes, em muitos casos fora do horário de trabalho e descumprindo o ACT. Essas cobranças são incentivadas pelas Plataformas de Suporte Operacional, mas os exageros não estão sendo coibidos. O banco solicitou que a Contraf-CUT informasse as situações para que a prática seja coibida.

Correspondentes bancários dentro das agências

Foram denunciadas também várias situações de correspondentes bancários dentro das agências atuando nas salas de auto atendimento e até nas mesas de trabalho. Há uma reivindicação na minuta para que essa prática seja proibida, uma vez que traz para o ambiente interno uma concorrência de venda de produtos e serviços que prejudica a realização das tarefas dos funcionários, além de trazer insegurança jurídica para a empresa.

O banco foi categórico ao afirmar que o correspondente bancário não é para atuar dentro da agência e vai orientar as unidades a cumprir o que determina a norma do Banco Central.

Sem avanços nas questões de saúde

Nas questões específicas de saúde, não houve avanços, e o banco se comprometeu a renovar as cláusulas do ACT que tratam desse tema.

Algumas cláusulas tratadas também sem avanços ainda serão objeto de discussão sobre sua redação.

Intervalo intrajornada ou intervalo de almoço

Uma novidade colocada pelo banco foi a proposta de flexibilização do intervalo de almoço. Ao funcionário de 6 horas passaria a possibilidade de intervalo de 15 até 30 minutos e para os funcionários de 8 horas seria permitida a redução do intervalo para até 30 minutos. Em ambos os casos, isso seria normatizado no ponto eletrônico e seria opcional, não sendo obrigatória a flexibilização.

Proposta para a Cassi

A Contraf-CUT protocolou ao banco uma nova proposta para a Cassi, construída junto aos sindicatos, com o objetivo de mais uma vez chamar o banco à negociação na mesa específica da Cassi. Desde que a mesa foi interrompida, não houve nenhum avanço concreto de propostas e isso tem causado insegurança aos funcionários.

A Contraf-CUT fará matéria específica sobre a proposta para a Cassi ainda nesta semana.


Fonte: Seeb DF, com Contraf-CUT


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