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4 de Junho de 2020 às 10:22

Sindicatos retomam debate sobre a pandemia com Banco da Amazônia


A aplicação de protocolos para o combate ao novo coronavírus voltou a ser pauta de debate entre o Sindicato dos Bancários do Pará, de Rondônia e a Fetec-CUT Centro Norte com o Banco da Amazônia, em telereunião realizada na manhã desta quarta-feira (3).

Pelo Sindicato dos Bancários do Pará participaram o presidente Gilmar Santos; o secretário-geral Sérgio Trindade, que também é secretário de imprensa e divulgação da FETEC/CN; a diretora administrativa Suzana Gaia e o diretor de bancos federais Ronaldo Fernandes, além do assessor jurídico da entidade, Luiz Fernando Galiza. Pelo Sindicato dos Bancários de Rondônia esteve presente o diretor Ricardo Vitor. Pelo Banco participaram os gerentes executivos Francisco Moura(GESOP) e Bruna Paraense(GEPES), além da coordenadora Simone Dias(CAGES).

Atendimento agendado

Inicialmente a gerente executiva, Bruna Paraense, apresentou o quadro atual de trabalho durante a pandemia. Segundo o banco, 40% dos empregados estão em regime de trabalho presencial, 51% estão em regime de teletrabalho, 5% em gozo de férias e 3% estão sob licença médica com diferentes diagnósticos.

A gerente explicou a respeito da aplicabilidade da Lei Estadual Nº 9.053/2020, que versa sobre o estabelecimento de senha para atendimento agendado. A gerente informou que, segundo e entendimento da empresa, a referida norma teria caído em desuso, em razão do fim do lockdown.

“Não concordamos com o entendimento do Banco, posto que a lei tem duração enquanto perdurar o estado de calamidade pública, previsto no Decreto Legislativo nº 06/2020. Além disso, o lockdown encerrou apenas em algumas cidades, enquanto em outras tal medida permanece”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.

Novos protocolos

O Banco informou que as unidades de atendimento bancário irão funcionar com apenas 50% da capacidade de lotação, respeitando o espaço mínimo de dois metros entre as pessoas, e que já foram adotadas três novas medidas para intensificar o combate ao Coronavírus.

Uma das medidas tomadas é a disponibilização de vacinas contra H1N1, a partir do final de julho, em favor dos empregados que estão no atendimento ao público, após o processo de aquisição dos produtos.

Além disso, o banco informou que disponibilizará para os empregados que estão no atendimento e que apresentam sintomas da doença ou retornam de licença médica, testes de detecção de COVID-19. O empregado que estiver nessas condições, e não conseguir o teste diretamente com a empresa, poderá realizar o exame e solicitar o reembolso. Os testes estarão disponíveis a partir do dia 12/05.

Também, os bancários terão acesso ao atendimento médico remoto, com o objetivo de ser consultado por médico à distância e saber se estão adoecidos. As entidades solicitaram a disponibilidade de exames para detecção de coronavírus a todos os empregados, inclusive aos empregados que estão em home office. A empresa informou que não há a necessidade, pois todos os empregados terão acesso a consulta médica remota para a avaliação dos sintomas.

Uso de EPI’s

O banco informou que já está disponibilizando máscaras acrílicas de proteção para os empregados que realizam atendimento. Com relação ao bloqueio do acesso dos empregados que não estão trabalhando de forma presencial, a empresa informou que não irá realizar o bloqueio do acesso dos funcionários ao sistema interno do banco, em razão desses empregados precisarem acessar o sistema de forma remota.

Férias e Chesal

Após o questionamento das entidades sobre os procedimentos adotados para a concessão de férias, a empresa informou que está concedendo, por enquanto, apenas férias vencidas e vincendas. O banco não está adotando a concessão de férias não-adquiridas. Com relação à solicitação das entidades sindicais a respeito da suspensão do CHESAL, o banco informou que tal pedido ainda está em processo de avaliação, podendo ser respondido até o final dessa semana.

Fechamento de agências

Outro ponto discutido durante a reunião foi o anúncio do Banco da Amazônia sobre o fechamento das unidades localizadas nas cidades de Nova Ipixuna (Pará), Pinheiro e Santa Inês (Maranhão) e Guiratinga (Mato Grosso), sob a justificativa de reposicionamento estratégico. O banco informou que irá agendar reunião para a próxima com as entidades para tratar sobre o assunto.

“Para nós o fechamento de agências é uma medida perigosa, tanto para os empregados do Banco como para a região amazônica, pois representa o encolhimento da principal instituição de fomento regional. Seguiremos atentos e mobilizados em defesa dos direitos e dos interesses da nossa categoria”, destaca o diretor da Fetec-CUT/CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Fonte: Bancários PA


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