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26 de Março de 2018 às 09:33

Sindicatos realiza 9º Congresso dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado de Rondônia


Crédito: SEEB/RO

Ji Paraná RO - O 9º Congresso dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado de Rondônia, foi realizado nos dias 24 e 25 de março, no Maximus Hotel, em Ji-Paraná, com mais de 100 representantes eleitos em cada uma das cooperativas de crédito e agências bancárias existentes no Estado.

Temas como assédio moral, defesa do emprego, saúde, segurança, igualdade de oportunidade, contratação de funcionários e qualidade do ambiente de trabalho, terceirização, nova lei trabalhista e questões relacionadas às ações jurídicas do Sindicato serão amplamente debatidos, o que permitirá a elaboração da pauta de reivindicação de ambos segmentos do ramo financeiro.

Realizado a cada quatro anos, o Coban também vai servir para os trabalhadores do ramo financeiro debaterem e implementarem suas pautas de reivindicações que serão discutidas nas mesas de negociação com o ramo patronal.

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A mesa de abertura foi formada por José Pinheiro, presidente do Sindicato, Irineu Almeida, diretor da Regional Ji-Paraná, Antônio Tavares, diretor de Cooperativas do Sindicato, Keli Cristina, diretora da Regional Rolim de Moura, Maria do Socorro, diretora sindical aposentada, Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-Centro Norte-CUT, Itamar Ferreira, secretário de Organização da CUT-RO, Deise Recoaro, diretora executiva da Contraf-CUT e Miguel Pereira, diretor executivo da Contraf-CUT.

"Quero agradecer a todos porque sabemos a dificuldade que é, de vir de todos os cantos do Estado, alguns viajam mais de 1500 quilômetros. Estamos aqui para discutir as incertezas que se formam diante do nosso cotidiano. A nossa pauta eram progressista, e agora estamos na luta para manter o que já temos, o que já conquistamos. Vamos acompanhar os excelentes Porto palestrantes que aqui estão, discutir o nosso plano de ação, todos juntos, e lutar por ele para implantar no nosso dia a dia", disse José Pinheiro.

O diretor de Cooperativas do Sindicato, Antônio Tavares, disse estar contente com a participação dos cooperativários, ramo que a cada ano cresce mais.

Keli Cristina, diretora da Regional Rolim de Moura, disse que esse será um congresso que vai discutir o primeiro ano após a nova lei trabalhista, a terceirização, e na iminência da reforma da previdência que vai impactar negativamente a vida das trabalhadoras. "Já sofremos bastante, pois mulher engravida, tem jornada dupla ou tripla, fora o assédio sexual. Por isso estamos contentes com a presença de mulheres aqui, a exemplo da companheira Socorro, que tem lutado há mais de 30 anos".

Maria do Socorro, diretora sindical aposentada, disse estar emocionada com o convite e que mesmo aposentada, continua na luta, mesmo de fora. "Militar no movimento é de dedicação e amor. Fiz parte da fundação do Sindicato, foram muitos embates, principalmente pelo Banco da Amazônia. Vamos continuar dando a nossa contribuição da forma que pudermos. O futuro é de provações para todos nós e, por isso, precisamos continuar unidos".

Cleiton dos Santos, presidente da Fetec-Centro Norte-CUT, enfatizou que os desafios para 2018 passam por essa representação dos trabalhadores do ramo financeiro, que serve para dialogar com os trabalhadores fora do local de trabalho, em casa. "O ano de 2018 é extremamente importante para a classe trabalhadora, num pós golpe em que o Brasil perdeu direitos. Em 2018 vamos decidir o rumo do país. A política passa por nós, trabalhadores. Não podemos continuar com esse modelo de governo que retira direitos e suprime recursos para dar ao capital financeiro privado. Vamos ter que decidir quem vai governar o país e quem vai criar as leis que afetam nossas vidas. Precisamos defender a democracia, que está sofrendo ataques históricos. É preciso que nós lutemos para ter um país melhor e mais justo", destacou.

Itamar Ferreira, secretário de Organização da CUT-RO, lembrou do primeiro congresso, há mais de30 anos, e disse que os trabalhadores tem duas questões centrais para este ano: reforma trabalhista - já em vigor e já sendo implementada - e as eleições 2018.

"Não adianta fazer uma boa campanha, uma boa greve, se elegermos uma bancada que não defende a classe trabalhadora. Dependendo do próximo governo podemos ter o desmonte dos bancos públicos e mais reformas danosas, e é isso que temos que debater e combater", disse o sindicalista.

Deise Recoaro, diretora executiva da Contraf-CUT, destacou a representação da diversidade no congresso, com um público de pessoas experientes e pessoas jovens, de mulheres e homens. "Fator importante para o debate que temos que fazer, pros desafios que se mostram pro movimento sindical. Esse modelo de congresso é famoso em todo o país. O que já fizeram e continuam fazendo é de extrema importância para mostrar o que acontece neste Estado, concretizar a representação do ramo financeiro, e Rondônia é pioneira e, talvez, a única unidade da Federação que tenha essa amplitude em representação dos trabalhadores do ramo financeiro. É possível sim a mulher participar das lutas, mesmo com sacrifícios, e sem comprometer o sucesso profissional ou a família. É aqui que vamos conseguir as respostas que precisamos, ter espaço para todos", mencionou.

Miguel Pereira, diretor executivo da Contraf-CUT, disse estar contente triplamente, porque teve um problema de saúde logo após participar de um evento em Rondônia.

"O exemplo de organização de vocês, bancários andando centenas de quilômetros para estar aqui, para estar trabalhando na segunda-feira, e nós, que viemos de fora, voltamos para casa satisfeitos, felizes. Vocês não tem a dimensão da importância do orgulho que temos de vocês, por vocês, por tudo que vocês fazem e que serve de referência para os demais estados. O que vamos debater aqui é a luta de classe, sempre presente e que é reconhecido pelo governo. Vivemos um momento de desafios, e não é apenas para nós, mas para todo o país, e por isso temos que debater esse cenário, e vamos reescrever a história, e daí a importância deste evento, dessa categoria que registramos aqui em Rondônia, e por isso voltamos para casa realimentados com a esperança de que há esperança para o movimento, que existem pessoas comprometidas e preocupadas com a luta", concluiu.

 

Fonte: SEEB-Rondônia - Rondineli Gonzalez

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