Em reunião realizada nesta terça (19), em Brasília, as entidades representativas do funcionalismo do Banco do Brasil e aposentados cobraram do banco respostas referente aos pontos pendentes da última mesa de negociação.

As entidades cobraram da instituição financeira respostas sobre o andamento dos projetos de ações estruturantes, uma vez que houve impasse no âmbito da Cassi, o que emperrou o início dos mesmos. Também foram reivindicadas soluções para o caixa da Cassi, de forma a se evitar falta de pagamento dos serviços e consequente prejuízo ao atendimento aos associados.

As entidades afirmaram que houve avanços desde o início do processo negocial e que foram produzidos consensos importantes , como a manutenção do princípio da solidariedade,  a necessidade de investimento no Modelo de Atenção Integral à Saúde através da Estratégia Saúde da Família, a garantia de atendimento para ativos, aposentados, dependentes e pensionistas e a corresponsabilidade entre BB e associados.

O banco reconheceu que houve avanços na mesa de negociação e informou que após a última reunião com as entidades, se reuniu com os diretores eleitos e técnicos da Cassi para discutir sobre os projetos, conforme acordado. Informou também que vai dar sequência aos projetos, iniciando a abordagem a empresas especializadas e garantiu o compromisso para o andamento dos mesmos.

Os projetos fazem parte do programa de excelência no relacionamento que é composto de seis iniciativas estratégicas: Aperfeiçoamento dos Mecanismos de Regulação, Gestão da Rede de Prestadores, Acesso Qualificado Através do Sistema Integrado de Saúde, Gestão Integrada de Informações de Estudos Estatísticos e Atuariais, e Aperfeiçoamento dos Processos Orientados ao Sistema de Saúde Cassi e Novos Planos.  

As entidades acrescentaram que, mesmo com a contratação de empresas para dar andamento aos projetos, deve-se ter o compromisso de não haver alterações substanciais que mudem o modelo defendido pelos eleitos e entidades, o que teve concordância do BB. O banco também afirmou que todas as decisões seguirão o trâmite normal dentro da governança da Cassi, via diretorias e conselhos.

Propostas para reforçar o caixa financeiro da Cassi

O Banco do Brasil afirmou que, enquanto os projetos estão na fase inicial, o banco está estudando várias alternativas para o reforço de caixa, que não foram divulgadas na reunião e serão apresentadas internamente na Cassi. O BB afirmou que essas medidas garantirão a capacidade financeira do plano.  

Para Rafael Zanon, representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT/CN) na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB e na Comissão de Negociação, a reunião trouxe algumas respostas importantes que vinham sendo cobradas nas últimas mesas. “é preciso implementar o programa de atenção integral à saúde que, além de proporcionar melhoria no atendimento aos associados, trará controle ainda maior às despesas da entidade. O início desse projeto será fundamental para subsidiar a montagem de propostas de sustentabilidade de longo prazo e o reforço de caixa anunciado trará tranquilidade para esse andamento”, concluiu Zanon, que também é diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília.

Após cobrança da comissão de negociação, o banco informou que apresentará soluções para reforço de caixa sem corte de benefícios ou programas que beneficiam os associados.

Foi debatido então um prazo necessário mínimo de 30 dias para que a mesa seja retomada com a apresentação do andamento dos projetos e as soluções para reforço de caixa que serão implementadas. Independente do prazo acordado, a mesa pode ser acionada a qualquer momento.

A próxima rodada de negociação entre banco e entidades ficou então agendada para o dia 25 de fevereiro.

Sobre descredenciamentos na Cassi e em outros planos

Os membros da Comissão de Negociação pediram informações à diretoria da Cassi sobre denúncias de descredenciamento de prestadores na Cassi e em outros planos, que estão sendo relatados por associados em várias regiões.

Foi informado que os descredenciamentos têm origens diversas que vão desde a pouca quantidade de usuários no local até vencimento de contratos, mas que em nenhum caso foi por falta de pagamento aos prestadores.

Fonte: SEEB/Brasília, com informações da Contraf-CUT