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15 de Dezembro de 2017 às 15:09

Sindicato visita famílias do acampamento Hugo Chávez


Crédito: SEEB/PA

Belém PA - Na manhã dessa sexta-feira (15) o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos e a dirigente sindical em Marabá, Heidiany Moreno, visitaram as famílias do acampamento Hugo Chávez que foram despejadas por ordem da Vara Agrária de Marabá, que determinou reintegração de posse nessa quinta-feira (14).

São 300 famílias que foram expulsas do seu território pelo aparato do estado, através do Comando Militar de Missões Especiais, e que foram realojadas em um espeço cedido pelo assentamento 26 de março, do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

“As famílias ainda estão em processo de transição, de mudança, mas a situação é de caos social. Temos 150 crianças que passaram a noite de ontem na chuva e perderam todo seu material escolar, crianças prematuras que não tiveram onde se abrigar durante a noite, além de idosos e deficientes físicos. As famílias foram desalojadas e jogadas a sua própria sorte. Nossa situação é de caos!”, relata a senhora Poliana, uma das lideranças do acampamento.

Ela também critica a postura desumana do Governo Jatene (PSDB) que até o momento não prestou nenhuma assistência social às famílias despejadas em pleno período de final de ano.

“Nós recebemos acolhimento apenas dos companheiros e companheiras do assentamento 26 de março, do MST. Até agora não tivemos nenhum assistência por parte do estado para essas 300 famílias que estão jogadas a própria sorte”, denuncia.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos, critica o fato de o Governo do Estado atuar em favor do latifúndio e não prestar assistência às famílias desabrigadas.

“A situação das famílias é de fazer chorar. O Governo Jatene é o responsável por desabrigar 300 famílias de suas casas às vésperas do natal. Tudo para atender aos interesses de um grande empresário de Parauapebas que reivindica a propriedade da fazenda, porém, há fortes indícios de que a documentação é fraudulenta. Os advogados solidários às famílias já estão tomando as medidas judiciais cabíveis e o MST afirma que não vai abrir mão da área e nós estamos ao lado deles nessa luta”, destaca Gilmar Santos.

Leia também: Nota em solidariedade às famílias do acampamento Hugo Chávez em Marabá

 

Fonte: Bancários PA


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