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29 de Abril de 2019 às 07:37

Sindicato protocola denúncia contra o presidente do BB na Comissão de Ética Pública


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - O Sindicato dos Bancários de Brasília, acompanhado da deputada federal Erika Kokay, protocolou na Comissão de Ética Pública da Presidência da República, nesta sexta-feira (26), em Brasília, denúncia contra o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, que acatou ordem de Bolsonaro e mandou tirar propaganda que estava no ar desde o início de abril e que é marcada pela diversidade racial e sexual, com atores jovens negros, tatuados e uma transexual. 

Para Kleytton Morais, diretor que representou o Sindicato, o ato de ingerência no banco é discriminatório e causa prejuízos, já que foi gasto dinheiro público com a propaganda, que faz parte de estratégia de marketing do banco. “Essa é mais uma ação do Sindicato na defesa da população brasileira, do BB como instituição pública e dos funcionários e funcionárias que tão duramente constroem o Banco”, explica o dirigente sindical. 

A deputada federal Erika Kokay esteve presente em apoio à iniciativa. “A suspensão dessa propaganda é ingerência nunca vista no Brasil, em instituição que existe desde 1808 e é de todos os brasileiros e brasileiras. O presidente do banco não pode se curvar aos mandos do presidente da República”, contestou.   

Este é o segundo episódio envolvendo intervenção do Palácio do Planalto no Banco do Brasil. O primeiro foi o da nomeação do filho do vice-presidente da República para cargo de assessor na presidência da instituição.

E não para por aí: o governo determinou que, a partir de agora, empresas estatais devem submeter campanhas publicitárias de natureza mercadológica à avaliação da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Petrobras, Correios, Embratur serão afetadas. A instrução normativa que disciplina a publicidade federal será atualizada, com inclusão da determinação.    

O que é a Comissão de Ética? 

A Comissão de Ética Pública é o órgão responsável, entre outras atribuições, pela apuração, mediante denúncia ou de ofício, de condutas de ocupantes de cargos da alta administração do Poder Executivo. 

Se o colegiado entender que houve prática de infração ética por um agente, a comissão pode aplicar desde uma advertência à recomendação de exoneração.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


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