Campo Grande MS - Na noite dessa quinta-feira, dia 12 de julho, os diretores do SEEBCG-MS lançaram a Campanha Nacional dos Bancários em Aquidauana e Anastácio, com a presença de dezenas de bancários da região e seus familiares. O encontro foi na sede da AABB de Aquidauana. 

Na manhã do mesmo dia, ocorreu a segunda rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban. A secretária de finanças do sindicato, Neide Rodrigues, informou que, mais uma vez, os banqueiros se negaram em assinar um pré-acordo estendendo a validade da Convenção Coletiva de Trabalho até um novo acordo, já que todos os direitos da categoria estão ameaçados a partir agosto.

“No entanto, os bancos sinalizaram um calendário para as negociações, começando no dia 19 de julho para discutir saúde e condições de trabalho, e com o compromisso de apresentarem uma proposta final até 1º de agosto”, comunicou Neide.

Para o secretário geral do sindicato, José dos Santos Brito, é preciso mostrar para os bancos a unidade e a força da categoria, para tentar barrar qualquer possibilidade de retirada de direitos conquistados em anos de luta.

“Nós temos a jornada de seis horas, PLR, vales alimentação e refeição, licenças maternidade e paternidade, entre outros. O banco coloca para o funcionário recém-contratado que esses direitos são benefícios, mas na verdade são conquistas de anos, de luta nas nossas negociações salariais. Por isso, é muito importante mostrar a nossa união e a disposição pela luta, que os bancários de todos os bancos continuem negociando em uma mesa única, fortalecendo uma única negociação. Este ano, a luta é pela manutenção da nossa CCT e por nenhum direito a menos”, expressou.

Bancos Públicos

A defesa dos bancos públicos e os seus respectivos planos de saúde também estão entre os pontos centrais da Campanha Nacional dos Bancários 2018, já que estão sofrendo ataques constantes por parte do governo federal. O secretário de Esportes e Lazer do SEEBCG-MS, Jadir Fragas, também defendeu a mesa única de negociação, porque, na década de 90, antes desta negociação unificada, os trabalhadores dos bancos públicos foram os mais afetados com redução de salário.

“A Caixa também já mudou o Estatuto, que afeta duas questões: o plano de saúde, que estabelece teto de custeio de em 6,5%, e a PLR, que limita o pagamento e vai pagar 25% daquilo que ela repassa do governo, e colocou no estatuto que pagaria 6,25%. Em anos anteriores, o banco já pagou, 16, 17 até 20% de PLR. Então, se aplicar o estatuto, a gente já perde”.

Jadir ainda lembrou das resoluções da CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União) que alteram os planos de saúde das estatais. As resoluções vedam a criação de novos planos administrados pelos RH das empresas e limitam a lista de dependentes aos cônjuges e filhos, da alteração do sistema paritário de contribuição aos planos de saúde, sendo 50% para as empresas e 50% para os funcionários – atualmente, na Caixa, é de 75% para as estatais e de 25% para seus empregados.

E essas mesmas ameaças também impactam os funcionários do Banco do Brasil. A secretária de Administração e Patrimônio do sindicato, Luciana Rodrigues, ainda disse da importância de debater o déficit da Cassi, que acumula sucessivos resultados deficitários desde 2012 devido ao desequilíbrio entre receitas e despesas assistenciais. 

“Nós tivemos um fator de 1% no ano passado, que seria até 2019, para custear a Cassi, só que em agosto de 2017, o plano apresentou déficit novamente. Quem tá errado? Quem gerencia a Cassi? É o banco e, por isso, é preciso rever este modelo de gestão e sustentabilidade financeira. Agora, o banco apresenta uma segunda proposta, extremamente prejudicial para os associados, e quer acabar com a paridade, a solidariedade, além de criar uma nova diretoria”, comentou Luciana.

Comunicação

O secretário de Imprensa e Comunicação do sindicato, Rubens Jorge Alencar, ressaltou que os trabalhadores precisam se manter atentos às negociações.

“A categoria deve acompanhar os passos da campanha e, para isso, têm os nossos veículos de comunicação – site, Facebook, Instagram, Twitter. Com isso, quando houver a necessidade de vocês decidirem, decidam realmente com consciência e convicção. Tomem conhecimento. Além disso, a categoria precisa continuar mobilizada”, reforçou Rubens. Ele ainda informou que os bancários podem fazer o cadastro do e-mail no site do sindicato para receber, semanalmente, um resumo das notícias regionais e nacionais sobre a categoria. Clique aqui para fazer o cadastro.

Além dos diretores da executiva – Neide Rodrigues, Leila Oliveira, José dos Santos Brito, Rubens Jorge Alencar, Luciana Rodrigues e Jadir Fragas –, também estavam presentes o conselheiro fiscal suplente João Chaves e os diretores zonais Carlos Adriano Rolon, Juarez de Oliveira Chaves e Vania Mary Iceri Chaves (suplente).

O sindicato vai realizar o lançamento da campanha em outras regiões da base. Com slogan "Todos Por Tudo", a campanha já foi apresentada aos bancários de Campo Grande e das regiões de Jardim e São Gabriel do Oeste.