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10 de Maio de 2017 às 08:26

Sindicato garante não desconto, e bancários do BRB têm até junho para compensar horas


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - O Sindicato se reuniu nesta terça-feira (9) com a comissão de negociação do BRB para reivindicar que o banco não faça o corte do ponto dos funcionários que aderiram à Greve Geral do dia 28 de abril, quando milhões de trabalhadores protestaram contra o conjunto de medidas do governo que prejudicam o país - em especial as reformas da Previdência, trabalhista e o desmonte e a privatização dos bancos públicos. O banco acatou a reivindicação.

Os dirigentes sindicais fizeram questão de demonstrar a importância da grande manifestação e do valor da consciência e da atitude daqueles que, mesmo diante de pressões, pararam e se manifestaram, deixando clara a sua indignação

Para Cristiano Severo, secretário-geral do Sindicato, “todos aqueles que se manifestaram, não fizeram isso por si só, mas defenderam os próprios direitos e de toda uma coletividade que está sendo e ainda será afetada por todos esses projetos que têm beneficiários bem definidos: com certeza não são nem a população nem os trabalhadores de forma geral”. “Seria até incoerente uma punição para aqueles que tiveram a coragem de se colocar em defesa de muitos”, acrescentou Cristiano.

O cenário político atual tem demonstrado que as empresas públicas estão sob ataque intenso do governo. Daniel de Oliveira, diretor do Sindicato, considera que “nós do BRB não podemos estar desapercebidos dos projetos nacionais e locais que visam o sucateamento das empresas públicas para justificar a sua entrega”.

Compensação

Acatando a reivindicação do Sindicato, o banco disse que não efetuaria o corte do ponto dos funcionários, mas a compensação das horas paradas, cujo prazo final seria o mês de maio. O Sindicato, contudo, se posicionou contrário ao prazo e, depois de mais algum debate, ele foi estendido para até 30 de junho.

O Sindicato lembra que a compensação deve ser acordada entre o funcionário e o gestor.

A entidade considera positivo o fato de a diretoria do banco ter entendido por não efetuar o desconto e, dentro da negociação, ter dilatado o período para compensação. Isso porque o que os trabalhadores fizeram foi um grande exercício de cidadania e defesa das instituições públicas, exercendo um direito que lhes é garantido pela Constituição Federal.  

PLR

O Sindicato solicitou ainda agendamento de reunião para tratar de pontos do acordo de PLR, que o banco tem desrespeitado. A reunião ficou agendada para o dia 6 de junho.

Para Cida Sousa, diretora executiva da Fetec-CUT/CN, os acordos firmados com os funcionários têm de ser todos cumpridos, sob pena de o banco perder a fé negocial.

Fonte: SEEB/Brasília -Da Redação


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