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20 de Agosto de 2018 às 08:39

Sindicato encerra etapa de mobilização nas agências em São Sebastião e Brazlândia


Brasília - As atividades de mobilização da Campanha Nacional 2018 nas agências fecharam uma etapa nesta sexta-feira (17), quando diretores do Sindicato realizaram mais um ‘arrastão’ nas unidades de São Sebastião, Jardim Botânico e Brazlândia. Os bancários foram informados de que novamente os bancos frustraram a expectativa e não apresentaram nenhuma proposta nas rodadas de negociação desta sexta, realizadas em São Paulo.

“Esclarecemos que, contradizendo o compromisso assumido na entrega da pauta de reivindicações, no dia 13 de junho, de que pretendiam concluir um acordo com rapidez, os banqueiros mais uma vez recuaram e, portanto, não houve nenhum avanço nas negociações”, pontuou o diretor do Sindicato Sandro Oliveira, bancário do Itaú.

“Também informamos que as negociações continuarão na terça-feira (21) e só serão encerradas caso haja proposta decente de acordo, ou se chegarem a um impasse, para, em qualquer dos casos, ser submetido à decisão das assembleias da categoria em todo o país”, acrescentou a diretora da Fetec-CUT/CN Louraci Morais.

Na avaliação da dirigente sindical e também bancária do Itaú, o ‘arrastão’ de hoje (17) foi muito bom. “Os bancários e bancárias demonstraram muita receptividade. Eles paralisaram suas atividades para ouvir nossos esclarecimentos sobre o andamento da campanha”, disse ela, lembrando que “reiteramos aos trabalhadores a importância da mobilização neste momento crucial que os banqueiros se mantêm intransigentes”.

Assuntos de interesse da população

“Hoje encerramos um ciclo de mobilizações nas unidades, uma vez que já foram atendidas todas as agências bancárias do DF. No diálogo com os bancários e com a população, abordamos as questões relacionadas à supertarifação dos serviços bancários, juros altos, demissões com fechamento de postos de trabalho, precarização das condições de atendimento, retirada de direitos com a vigoração de medidas legislativas aprovadas recentemente pelo Congresso Nacional, como reforma trabalhista, terceirização e PEC 95 (que congela os investimentos públicos), além da resolução  CGPAR 23 e das ameaças de privatizações”, destacou a diretora do Sindicato e bancária do Bradesco Raíssa Fraga.

Bancário do Santander e diretor da Fetec-CUT/CN, Jorge Kotani endossa o interesse demonstrado tanto pelos bancários quanto pela população, “que têm sentido na pele o golpe dado no orçamento público, por meio da PEC 95, que retira recursos da saúde e da educação e só neste ano de 2018 prevê para pagamento de juros da dívida pública mais de R$ 316 bilhões, atingindo em grau muito mais acentuado as populações das periferias, ou seja, os mais pobres”.

“Da mesma maneira, as reestruturações e demissões ocorridas nos bancos, aliadas às cobranças seguidas por iniciativas como as propostas em mesa pelo BB, de reduzir para um ciclo avaliatório e assim abandonar por completo a GDP (Gestão de Desempenho de Pessoal), enquanto instrumento de aprimoramento da gestão de pessoas, para adotar, conforme decisão judicial em trânsito em julgado, o assédio moral como instrumento de gestão que expõe aos bancários os desafios que estão colocados para este período”, ressaltou o diretor do Sindicato e funcionário do BB Kleytton Morais.

Teresa Cristina, diretora do Sindicato e funcionária do BB acrescentou: “Unidade, participação e envolvimento são questões cruciais desta campanha. Superá-la, vencendo as ameaças colocadas com o fim da ultratividade será o desafio para o movimento sindical e para a categoria. Por isso, a importância de diálogo e da unidade”.


Que Congresso queremos

Maria José (Zezé), diretora do Sindicato e funcionária do BB, questiona: “Vencida esta etapa, é aprofundar agora em outras questões fundamentais para os próximos períodos. O tema das eleições gerais, nesse sentido, exigirá o olhar estratégico dos trabalhadores: que Congresso e governo queremos ter no próximo período? O que dialoga e não ataca os trabalhadores e o povo ou continuar com esse mesmo que autoriza o congelamento do investimento público em saúde e educação pelas próximas duas décadas, que põe fim às aposentadorias e a Seguridade Social?”

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília


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