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28 de Julho de 2017 às 09:00

Sindicato discute reforma trabalhista e defesa dos bancos públicos com delegados sindicais


O Sindicato realizou nesta quinta-feira (27) o Encontro de Formação para Delegados Sindicais, no Teatro dos Bancários, para discutir temas relacionados à reforma trabalhista e à defesa dos bancos públicos. A reunião   também serviu para motivar os representantes dos bancários a aumentarem a mobilização com a base para fortalecer o movimento e a unidade dos trabalhadores, com a proximidade da Campanha Nacional dos Bancários 2017.

Eduardo Araújo, presidente do Sindicato, conduziu a reunião e apresentou o  documento “Democratização e Controle Social do Sistema Financeiro”, que será debatido com a sociedade. Ele ressaltou a importância de retomar o debate e desenvolver um conjunto de iniciativas para uma campanha nacional em defesa dos bancos públicos.

O dirigente sindical lembrou que o Sindicato irá realizar novos debates sobre a defesa dessas instituições nos meses de agosto e setembro. E frisou: “Vamos construir novos caminhos, mas é fundamental a unidade de todos os trabalhadores. Estamos sob ataque, precisamos resistir”.

Sobre a Campanha Nacional 2017, Araújo apontou que “é preciso tomar iniciativas para organizar, debater e preparar a categoria para o novo modelo de campanha (a CCT tem validade de dois anos), buscando apontar as possibilidades, as pautas, os desafios e os limites para a mobilizações”.

Campanha Nacional 2017

Os participantes do encontro receberam orientações sobre a Campanha Nacional deste ano. Em 2016, pela primeira vez, uma convenção coletiva foi firmada pelos bancários com vigência de dois anos. Essa situação abre uma oportunidade para a categoria no processo de negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e os bancos públicos.

Com as cláusulas definidas para o reajuste salarial, a PLR e demais itens econômicos, que têm sido os temas mais mobilizadores, os bancários poderão finalmente realizar uma campanha nacional focada em questões sociais, que não avançaram nos últimos anos e que são tão fundamentais quanto remuneração, emprego, saúde e condições de trabalho.

Os eixos propostos para a construção da campanha, na perspectiva de mobilizar de fato a categoria para resistir aos golpes, defender os direitos e buscar avanços sociais são: não às reformas neoliberais; defesa do emprego; não à terceirização e ao trabalho intermitente; melhores condições de saúde e de trabalho; não à privatização dos bancos públicos; defesa do patrimônio público; democracia já; defesa dos fundos de pensão; reforma do sistema financeiro; emprego e igualdade de oportunidades.  

Eixos da reforma trabalhista

Durante o debate sobre a reforma trabalhista, realizado na parte da manhã, a assessoria jurídica do Sindicato apresentou uma visão panorâmica sobre a proposta de Temer. Os principais eixos destacados foram: negociado sobre o legislado, fim da ultratividade, contratos precários, terceirização, jornadas “hiper” flexíveis sujeitas apenas a acordos individuais, fragilização sindical (representação no local de trabalho), remuneração (salários), dificuldade para atuação judicial (processual) e saúde.

Desafios contra o retrocesso

"Temos um grande desafio pela frente e é necessário dialogar com os colegas bancários para fortalecermos a nossa luta em defesa dos bancos públicos”, reforçou o diretor do Sindicato Jefão Meira.

“A defesa dos bancos públicos tem de ser feita por nós, que somos os principais prejudicados com este retrocesso”, endossou o secretário-geral do Sindicato, Cristiano Severo.

Já André Nepomuceno, secretário de Bancos Públicos da Fetec-CUT/CN, observou que nenhum país no mundo se desenvolveu sem os bancos públicos, “que são multiplicadores de renda”. Ele destacou o esforço do Sindicato em aprofundar e intensificar os debates nos bancos, lembrando que “é hora de se organizar para impedir os retrocessos propostos pelo governo Temer e defender os direitos dos trabalhadores”.

A necessidade de se indignar com a atual conjuntura foi proposta pela secretária de Mulheres do Sindicato, Helenilda Cândido. “Precisamos fazer a diferença. Não podemos ficar em silêncio e é fundamental a nossa união”, alertou, apontando que os delegados sindicais são peças-chaves para esse processo.


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