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20 de Dezembro de 2018 às 07:36

Sindicato de Brasília lança volume 2 do livro que resgata a sua trajetória de luta


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - O segundo volume da série “Sindicatos dos Bancários de Brasília, uma história” foi lançado nesta terça-feira (18), no Teatro dos Bancários. A publicação, que faz parte da coletânea de três volumes, busca resgatar desde as origens a trajetória de luta da categoria bancária, e a sua importância para a organização dos trabalhadores e dos movimentos sociais em todo o DF.

“Vale a pena ler este livro e conhecer um pouco de nossas memórias, porque nós não chegamos aqui de graça. Tudo foi conquista e batalha de nossos dirigentes sindicais e da nossa categoria”, ressaltou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.

E acrescentou: “Nós dedicamos esse trabalho aos milhares de bancários e bancárias que nessas décadas lutaram e lutam contra a exploração por uma vida mais digna e pela consolidação da democracia em nosso país, muitos pagando com duras privações pessoais. São eles, que construíram essa história e que deixa esse legado de vitórias e conquistas às próximas gerações”.

Resgate da história sindical

O primeiro volume narrou a história do Sindicato desde a fundação da Associação dos Bancários, no ano de 1960, passando pelo golpe civil militar, de 1964, e o período traumático de destruição das liberdades e de perseguição implacável aos opositores do regime até o ressurgimento da ação sindical combativa do Movimento Bancário de Renovação Sindical (MBRS), que em 1980 pôs fim ao ciclo dos dirigentes dóceis ao patronato e ao regime militar.

Já o segundo volume abrange o período que vai da vitória do MBRS até 1992, quando Augusto Carvalho, José Sampaio e Paulo Borges presidiram o Sindicato. Nesses 12 anos, os bancários de Brasília tiveram papel de destaque nas grandes conquistas dos trabalhadores do sistema financeiro em todo o país, com a construção e consolidação da unidade nacional que teve como símbolos máximos a grande greve da categoria no ano de 1985, seguida da conquista das 6 horas e do direito a sindicalização dos empregados da Caixa e que desembocaria em 1992, na conquista da Convenção Coletiva dos Bancários.

Ações democráticas de luta

“Esse volume é muito importante porque ele vai mostrar quais foram as ações democráticas de luta pelas reivindicações da categoria bancária, do movimento bancário de renovação sindical. Esse período todo que vai dos anos 80 até 92 é uma sequência de gestões bancárias que vão defender os direitos da categoria, as reivindicações específicas, fazer grandes assembleias e greves que foram vitoriosas”, esclarece Nair Bicalho.

De acordo com a professora da UnB, tudo isso deu muita força e visibilidade ao movimento bancário, especialmente o de Brasília. “Todas as gestões que estiveram à frente do Sindicato, assim como a oposição da CUT que já estava se formando dentro do Sindicato, e depois, a partir de 92, vai dirigir a entidade, foram se juntando nessa plataforma das lutas democráticas dos sindicatos bancários que deu um lugar ao Sindicato de Brasília na história da cidade e do Brasil”, observa.

Homenagem a Palhano

Na ocasião, foi feita uma homenagem, com a exibição de um vídeo sobre a vida do sindicalista Aluízio Palhano, morto pela ditadura e que teve os restos mortais identificados somente agora. Presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro por duas gestões – 1959 a 1963, ele liderou as míticas greves da categoria de 1961 a 1963, responsáveis por conquistas de direitos decisivos para os bancários.

“Passados tantos anos de seu desaparecimento, lembrar de Palhano, de sua retidão, caráter e ética, inabaláveis ideais, é sempre um excelente exercício de memória”, dizia a abertura do vídeo.

Ao final, o Sindicato prestou uma homenagem aos ex-presidentes da entidade, a ex-diretores e aos diretores mais antigos que ainda estão na luta, dentro da instituição ou de entidade filiadas. 

 

Mariluce Fernandes
Do Seeb Brasília
 


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