Campo Grande MS - Na sexta-feira, dia 25 de maio, o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região completou 59 anos de fundação. Para comemorar a data, foi organizado um evento para celebrar as lutas e conquistas da categoria, que também marcou a reinauguração do salão de eventos do sindicato.

O presidente do SEEBCG-MS, Edvaldo Barros, agradeceu a presença da família bancária e ressaltou que a reinauguração do espaço era uma promessa de campanha da diretoria atual, que agora está sendo concretizada. “Estamos entregando um espaço moderno, climatizado, totalmente renovado à disposição da categoria bancária. Os bancários podem usufruir do local à vontade”, afirmou.

Durante o discurso de reinauguração do salão, Edvaldo também expressou gratidão aos ex-presidentes da entidade, que estavam representados por Anízio Pereira Tiago, José Carlos Rodrigues (Carlito) e José Aparecido Clementino, e a todos os diretores que fizeram parte da história da entidade. Também agradeceu a diretoria do “Bancári@s em Ação” que tem trabalhado incansavelmente pela garantia dos direitos conquistados da categoria bancária.

“Quero agradecer os ex-presidentes e todos os diretores, os atuais e os que passaram por aqui. Se temos este sindicato, é porque há um passado, de pessoas que lutaram e lutam pela categoria”, disse.

Ao falar sobre os 59 anos do sindicato, Edvaldo lembrou que foram quase seis décadas de muitas lutas e conquistas obtidas com organização e unidade da categoria, mas que os trabalhadores estão enfrentando, atualmente, um momento muito diferente, por conta dos avanços tecnológicos e a reforma trabalhista, que estão reduzindo os postos de trabalho e retirando os direitos dos bancários.

“Precisamos, mais do que nunca, a união da categoria para conseguir manter os direitos que estão na nossa Convenção Coletiva de Trabalho. O grande desafio da nossa campanha nacional é a manutenção dos nossos direitos conquistados ao longo dos 59 anos”, disse.

História

A história do sindicato começa no dia 25 de maio de 1959, quando um grupo de jovens bancários se reuniu para a criação da Associação Profissional dos Empregados Bancários de Campo Grande. A disputa pela direção da entidade foi concorrida, com a inscrição de cinco chapas, sendo que dos 71 bancários votantes, 27 elegeram a chapa 1, tendo como presidente o bancário Dirceu Alves de Prado.

Em 1963, por meio da Carta Sindical outorgada pelo Ministério do Trabalho a Associação tornou-se o Sindicato dos Trabalhadores em Atividades Bancárias de Campo Grande.

No entanto, com o golpe militar de 1964, o movimento sindical sofreu intervenção e chegou a ser interrompido. As prisões dos principais dirigentes bancários da época, somado ao fato do Sindicato dos Bancários de Campo Grande ter sido objeto de uma intervenção do Ministério do Trabalho, a exemplo de outros sindicatos, verificou-se um arrefecimento do movimento sindical.  Com o golpe, o sindicato perdeu parte do vigor político que tinha conquistado nos anos anteriores, assim como os partidos políticos contrários à ditadura.  Com isso, até o ano de 1985, as ações, no essencial, se efetivaram no plano da legalidade que a Ditadura Militar permitia – tanto que as atividades beneficentes e recreativas ganharam muito relevância.

Em 1969, José Lourenço – tesoureiro da época do sindicato -, conseguiu o terreno na Rua Barão do Rio Branco, número 2652, com o prefeito de Campo Grande, Plínio Barbosa Martins. A sede começou a ser construída em 1970 e a inauguração aconteceu em 28 de julho de 1972.

Somente na década de 1980, o sindicalismo bancário retoma com mais vigor os trabalhos de representação sindical. A categoria exigia mais ação dos seus dirigentes e as novas demandas apontavam para lutas por melhores salários e ampliação do processo democrático. Entre 1985 e 1993 quase todos os anos houve greve na categoria dos bancários em Campo Grande.

Em 1992, foi assinada a Convenção Coletiva de Trabalho que passou a vigorar em todo país e com conquistas importantes para todos os bancários: aumentos reais de salários todos os anos (doze anos consecutivos de aumento salarial acima da inflação), licença-maternidade de seis meses, PLR, extensão de direitos a casais homoafetivos, cesta-alimentação, vale-cultura, entre outras.

E, em função da tradição de luta do Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região, a entidade passou a integrar, a partir de 2007, o Comando Nacional dos Bancários, órgão colegiado responsável pelas principais decisões sobre as campanhas bancárias em todo Brasil.

Fonte: SEEB/Campo Grande MS - Assessoria