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12 de Abril de 2019 às 16:12

Sindicato apura denúncias de precariedades em nova unidade da Caixa


Brasília - Em atenção às denúncias de empregados da Caixa de precariedade nas instalações das unidades Cenop (Centralizadora Nacional de Operações de Varejo) e Cecov (Centralizadora Nacional de Convênios Brasília), instaladas no Edifício Dário Macedo (SRTVS), e de falta de segurança tanto interna quanto externa, o Sindicato visitou o local nesta sexta-feira (5).

“Nosso objetivo foi apurar os fatos. Depois, faremos um relatório com as principais questões, que será encaminhado à Administração da Caixa, para que sejam sanados os problemas imediatamente”, afirmou o diretor do Sindicato e empregado do banco, Antonio Abdan.

Durante a vistoria, foram verificadas algumas irregularidades, entre elas que há poucos extintores, vigilância insuficiente, falta de câmeras de segurança da Caixa e porta de incêndio lacrada. “Outra irregularidade é a falta de uma escada de circulação separada da de incêndio, com o agravante de que só se sai dos andares pelo elevador. Como a escada dá para a porta de incêndio, cuja saída é externa e está lacrada, o bancário só tem a opção do elevador que, durante a nossa visita, dos dois um estava em manutenção. Por aí, se tira os transtornos vividos pelos empregados lotados naquela unidade”, observa Antonio Abdan.

O edifício estará ocupado provisoriamente até novembro, quando será finalizada a reforma do prédio da filial para onde as unidades que hoje ocupam o Dário Macedo serão alocadas. “O fato de ser provisório não exime a Caixa da preocupação para com os empregados. Um único dia de exposição ao risco já é mais que suficiente para se condenar a transferência dos bancários para uma área sem condição de recebê-los”, ressalta Vanessa Sobreira, diretora do Sindicato, do Coletivo de Saúde e secretária de Meio Ambiente da CUT/Brasília, e também empregada da Caixa.

Medidas de segurança

Além de Antonio Abdan e Vanessa, participou da visita o empregado do Bradesco Raimundo Dantas, diretor do Sindicato e do Coletivo de Segurança Nacional, que fez questão de destacar as principais medidas de segurança com relação à área do entorno do prédio, como a necessidade de instalação de câmeras de segurança, reforço da segurança interna, melhoria da iluminação da área do estacionamento e, principalmente, providenciar mais vigilantes para todos os locais de acesso durante todo o expediente.

“O mais absurdo verificado no local foi a porta de segurança estar lacrada, o que, além do transtorno em caso da necessidade de evacuação, não representa, na prática, nenhuma garantia de que ela possa ser aberta pelo lado de fora do prédio. Somado a isso, a ausência de vigilante e câmeras expõe ainda mais a fragilidade da segurança”, afirma Raimundo Dantas.

Outro problema detectado foi a ausência de bebedouros no 3º andar, o que força os bancários a subirem para o 4º em busca de água.

Caos anunciado

Uma informação relevante, vinda de um representante da Gilog – área responsável pela infraestrutura --, é que a Caixa pretende alocar 700 empregados no prédio. “Entendemos que isso é uma situação de caos anunciado, pois os elevadores e os banheiros não comportarão tanta gente, sem falar que numa eventual evacuação dados os problemas já elencados, é praticamente impossível evitar uma tragédia”, avalia Vanessa Sobreira.

“A vistoria feita pelo Sindicato foi baseada nas normas técnicas de segurança. Vamos recorrer a todas as instâncias para que os problemas aqui verificados sejam sanados o quanto antes”, enfatizou Raimundo Dantas.
Após a visita, o Sindicato comprometeu-se em, baseado em normas de segurança, apresentar um relatório à Caixa cobrando a resolução dos problemas apontados e a desistência de lotação do prédio, conforme intenção do banco.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


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