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12 de Janeiro de 2017 às 14:30

Seeb/MT comemora os 156 anos de fundação da Caixa com bolo e protesto


Crédito: SEEB/MT

Cuiabá MT - A distribuição de bolo e protesto organizada pelo Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) teve dupla significação: alertar a população contra a privatização da Caixa e de outras empresas estatais e comemorar o aniversário de 156 anos de fundação da Caixa. A mobilização foi realizada hoje, quinta-feira, (12.01) na porta da Caixa, agência Paiaguás, localizada no Centro de Cuiabá. 

O Dia Nacional de Luta, convocado pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa),  além de comemorar a fundação Centenária da Caixa, também teve por objetivo marcar a posição dos trabalhadores contra o Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) e de Demissão Voluntária (PDV) já admitida pelo presidente do banco, Gilberto Occhi. 

“O governo quer promover os desligamentos de 10 mil empregados. Para o Sindicato isso significa o desmonte da Caixa e a precarização das condições de trabalho e de atendimento a população que já sofre com as longas filas nas partas das agências de todo o país”, afirmou o vice-presidente do Seeb/MT, Alex Rodrigues.

O vice-presidente do Seeb/MT,  ao saudar o aniversário da instituição, disse que hoje a Caixa Econômica Federal é o único banco inteiramente público no Brasil.  “A CAIXA, igual ao Banco do Brasil está no  caminho da privatização. Quando isso acontecer, o banco deixará de cumprir o seu papel social e o grande objetivo não será mais atender a sociedade ou encaminhar as políticas públicas de governo mas seguir a lógica do mercado financeiro, que só visa o lucro”, alerta Alex Rodrigues.

Segundo o secretário de finanças do Seeb/MT e empregado da Caixa, John Gordon, “Temos que comemorar os 156 anos de fundação da Caixa, mas é preciso permanecer mobilizado em defesa da Caixa para que ela continue 100% pública, e,  precisamos, também ficar  mobilizar para garantir melhores condições de trabalho  e de atendimento para a população”, destaca 

Para o Jonh Gordon a categoria enfrenta, neste momento, duas lutas em relação à Caixa: “A não privatização da empresa pública e a contratação urgente de mais funcionários, para melhorar o atendimento à população e evitar a sobrecarga de trabalho que tem  está adoecendo os colegas da Caixa”, completa. 

Luiz Edwirges destacou que o principal objetivo do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso e os empregados da Caixa é alertar a população para o fim da caixa 100% pública, que coloca em risco a gestão de programas como Minha Casa e Minha Vida e de benefícios sociais como o FGTS, PIS/PASEP e Seguro Desemprego. “Além de todos esses programas e serviços sociais o governo quer colocar a arrecadação da Loteria Federal nas mãos dos bicheiros”, denuncia o sindicalista apontando quem o governo Temer quer beneficiar com essa proposta de privatização. 

A população comeu o bolo e assinou o abaixo assinado contra a privatização da Caixa e por mais contratações. Como fez a professora P. P, há 5 anos cliente da Caixa, que assinou o manifesto contra a privatização. Ela relatou que só conseguiu realizar o sonho da casa própria, porque a Instituição tem juros bem mais baixo que o mercado. “Com Privatizando, as pessoas que ainda não adquiriram a sua casa própria, certamente, não terão as mesmas facilidades que eu encontrei”, afirmou, dizendo que tinha vindo  ao banco hoje, porque sabia que ia ter bolo de comemoração dos 156 anos da Caixa.   

Negociação

A mobilização de hoje também tem por objetivo pressionar os representantes da Caixa para que atendam as marquem reunião com a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa. A 
Comissão encaminhou documento com 12 pontos. 

A continuidade da reestruturação, o fechamento de agências ditas deficitárias pela lógica exclusiva dos mercados, as agências digitais e a rede de operações são partes da estratégia para desmonte do papel social da Caixa, assim como sua venda fatiada e a ameaça ao monopólio na gestão do FGTS, entre outros, são alguns dos 12 pontos do documento, apresentado pela CEE/Caixa para serem debatidos na reunião. 

Fonte: SEEB/Mato Grosso


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