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27 de Junho de 2017 às 12:00

Retirem as reformas de pauta e vamos para a mesa de negociação, propõe CUT


Em Brasília, onde acompanha a tramitação da reforma Trabalhista (PLC38/2017) na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, e após participar de audiência pública sobre o tema, o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, apontou que não há clima para votar os projetos defendidos pelo ilegítimo Michel Temer (PMDB).

A CCJ vota nesta quarta (28), a partir das 16h, parecer sobre a proposta de Temer. É o último passo antes de o texto seguir para o plenário Senado.

Para Vagner, é necessário que propostas com tamanho impacto sigam um trâmite democrático. “Disse ontem (27), na minha intervenção durante a audiência pública: não querem fazer negociação? Pratiquem a negociação. Retirem essa proposta esdrúxula e, passando essa turbulência eleitoral e política, a gente faz uma eleição direta, elege novo Congresso, nova presidência e coloca uma mesa de negociação trabalhista e previdenciária num governo eleito e em livre negociação. Não no legislado. Dizem que querem enfatizar negociação sobre o legislado, mas o que estão fazendo aqui é exatamente o contrário, à revelia dos trabalhadores”, criticou.

Senado em clima de tensão – Na abertura da reunião que discute o projeto, hoje pela manhã , os senadores da oposição protestaram e tentaram adiar a votação do texto. Eles lembraram o momento de instabilidade política vivido pelo país e reclamaram de o governo não permitir alterações na medida que veio da Câmara.

Dirigentes da CUT em reunião com senadores da oposiçãoDirigentes da CUT em reunião com senadores da oposiçãoO senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ressaltou que nos últimos dias houve um fato novo relevante, que foi a denúncia por corrupção passiva oferecida pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer.

“Não é correto fazer votação nesse momento em que o governo acabou. Fazer isso depois da denúncia, com o presidente desmoralizado, é colocar o Senado de joelhos. Vou tentar até o fim convencer os pares e apresentar um recurso para tentar adiar a votação — afirmou.

Após reunião com os senadores de oposição, Vagner afirmou que “esse Senado, essa comissão e esse governo não têm condição moral nem política para fazer qualquer tipo de reforma".

Segundo o dirigente, todas as propostas presentes no Congresso são reivindicações da CNI (Confederação Nacional da Indústria), sem qualquer contribuição da classe trabalhadora. A resposta a esse processo, defendeu, deve vir das ruas.

“No próximo dia 30 vamos fazer uma grande Greve, setores importantíssimos, como o transporte, estão aderindo à Greve  e eu conclamo a todos que não sigam para seu trabalho, vamos nos mobilizar para cruzar os braços contra reforma da Previdência, a reforma Trabalhista e pelo Fora Temer”, disse.

 

 

 

Com informações de Sonia Correa e Agência Senado


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