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5 de Janeiro de 2018 às 18:38

Reestruturação no Banco do Brasil ameaça bancários e clientes

BB anuncia PAQ, com foco em incentivos pecuniários à remoção, transferência compulsória e desligamento incentivado de funcionários em excesso gerado por redução de vagas e funções em dependências


O Banco do Brasil anunciou nesta sexta-feira (5) o Programa de Adequação de Quadros (PAQ) com foco em incentivos pecuniários à remoção, transferência compulsória e desligamento incentivado de funcionários em excesso gerado por redução de vagas e funções em dependências. As Plataformas de Suporte Operacional (PSOs) serão as mais afetadas, com extinção de funções, medida também anunciada nesta sexta. 

”A reestruturação que o Banco do Brasil fez no ano passado prejudicou bastante os funcionários e piorou o atendimento e a relação com os clientes. As medidas que o banco anuncia agora vão acentuar esses problemas e a qualidade do atendimento”, critica Cleiton dos Santos, presidente da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN).

Federação orienta não adesão ao desligamento voluntário

O programa prevê ainda incentivo pecuniário para os funcionários que se enquadrarem em situação de excesso, caso optem por se desligar da empresa.

De acordo com o representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa, Rafael Zanon, que também é diretor do Sindicato de Brasília, “a entidade orienta aos funcionários que não adiram ao programa de desligamento já que a garantia do emprego é uma de nossas principais bandeiras de luta”.

Fetec-CUT/CN é contra transferência compulsória

Com as mudanças anunciadas, milhares de funcionários ficarão excedentes, segundo critérios de dotação do banco, em suas dependências. Pelo programa, esses funcionários poderão ser compulsoriamente transferidos para outro local de trabalho. Tal prática já foi adotada na era FHC, nos anos 90, quando milhares de trabalhadores foram obrigados a se deslocar de suas regiões de origem.

“Já vimos isso acontecer anteriormente e sabemos os prejuízos são enormes aos bancários. O Sindicato é contrário à remoção compulsória de bancários e bancárias e adotará medidas para proteger os trabalhadores contra tal violência”, frisa a diretora do Sindicato dos Bancários de Brasília e bancária do BB, Fátima Marsaro.

Clientes podem ser prejudicados

A reestruturação anunciada também apresenta possibilidade de queda na qualidade de atendimento, uma vez que o número de caixas será reduzido e haverá ampliação do atendimento telefônico em detrimento do atendimento presencial.

“O Sindicato fiscalizará as dependências do banco para garantir a qualidade do atendimento à população, vítima colateral da reestruturação. Acionaremos o Procon para resguardar que não haverá prejuízos”, destaca o diretor do Sindicato de Brasília, Paulo Vinícius. 

Nenhum caixa a menos

 Quanto à extinção de vagas nas PSOs, a entidade repudia o corte dos caixas executivos e defenderá a remuneração dos bancários impactados. Além das funções extintas, o BB anunciou a criação de milhares de outras funções. 

Diálogo zero

A falta de transparência é outra crítica do Sindicato ao programa do BB, que desrespeita os trabalhadores e seus representantes sindicais. O banco implantou as mudanças unilateralmente, impedindo, inclusive, a participação do conselheiro de administração eleito na reunião do Conselho de Administração que tratou do tema.


Fonte: Fetec-CUT/CN, com Seeb Brasília

 


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