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25 de Outubro de 2018 às 07:29

Protesto reforça posição dos empregados em defesa da Caixa e do Brasil


Brasília - Empregados e membros da sociedade demonstraram na manhã desta quarta-feira (24), em frente ao edifício Matriz I, disposição de luta para defender a Caixa da sanha privatista. Parte da campanha “Não tem sentido”, lançada pela Fenae, o protesto reuniu dirigentes sindicais, representantes de entidades sociais e deputados da base dos trabalhadores que falaram sobre o papel fundamental da Caixa na vida de milhões de brasileiros.

A atividade alertou os trabalhadores do banco sobre os riscos de enfraquecer a empresa que articula as diversas políticas públicas do país. Todos os presentes ressaltaram a importância da Caixa em áreas como habitação, saneamento básico, educação, cultura, esporte, agricultura, gestão do FGTS e loterias.

Para Fabiana Uehara, diretora do Sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), “quando defendemos a Caixa 100% pública, também defendemos os direitos dos empregados. Acabamos de passar por uma Campanha Nacional difícil, que nos garantiu um acordo de resistência. Sem um estado democrático de direito, as nossas conquistas estarão ameaçadas”.

Diretora do Sindicato e secretária de Meio Ambiente da CUT Nacional, Vanessa Sobreira lembrou que, mantidas as mesmas políticas econômicas de corte de direitos de Michel Temer no próximo governo, não só o emprego está ameaçado. “Os empregados da Caixa precisam escolher com sabedoria em quem votar no dia 28 pelo nosso emprego e pela manutenção da Caixa enquanto empresa pública”, destacou Vanessa.

Maria Fernanda Ramos Coelho, ex-presidenta da Caixa entre 2006 e 2011, frisou que “desde o golpe, temos visto uma forte ofensiva sobre as empresas estatais. Mesmo sendo tida como a joia da coroa, a Caixa vem sendo alvo de ataques do governo. Nestas eleições, diferente dos anos anteriores, estamos vendo a luta entre a civilização e a barbárie, o que coloca em risco esta empresa que está tão próxima do trabalhador brasileiro”.

“O futuro dos bancos públicos, em especial a Caixa, está em jogo. Nos preocupa o que já está ocorrendo com o Conselho de Administração, com as nomeações de vice-diretores que já estão sendo requisitadas por um candidato. É hora de defender a Caixa que tanto contribui com o desenvolvimento do país”, afirmou o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. Entre os vários problemas, ele citou que, nos últimos anos, milhares de empregados deixaram a empresa por meio de planos de demissão e de aposentadoria incentivada.

A deputada Erika Kokay lembrou que a Caixa atende os mais carentes nos diversos recantos do Brasil, algo que nenhum outro banco faz. “Os nossos bancos estão sendo precificados, há um conluio desse governo atual com um candidato, querendo colocá-la à venda. O Ministério do Planejamento já está trabalhando a mando de Paulo Guedes para aprofundar a crueldade com o patrimônio público e com o povo brasileiro”, apontou.

Chico Vigilante recordou o quase desmantelamento da Caixa e a desvalorização dos empregados, ocorridos na década de 1990. “Hoje temos mecanismos de direita muito piores do que os que ocorreram no governo Collor e no governo do PSDB. As pessoas não têm a noção exata do que pode ocorrer na política, o desemprego que pode abater esse país, com a perseguição de pessoas e a destruição do capital nacional”, frisou.

Fonte: SEEB/Brasília com  Fenae


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