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7 de Maio de 2018 às 09:02

Problemas no sistema têm assolado a vida dos funcionários e clientes do BRB


Crédito: Reprodução

Brasília - As instituições financeiras são as primeiras a despontar na aquisição de ferramentas de avanço tecnológico, buscando sempre um maior grau de eficiência com a utilização desses mecanismos. Isso se dá de tal forma que a exigência de funcionamento ininterrupto e sem falhas é cada vez maior. O atendimento aos clientes ou mesmo canais alternativos de autoatendimento, dependem de disponibilidade de sistema a fim de se proceder qualquer tratativa ou negócio com os clientes.

Depois de bastante tempo sem grandes problemas de sistema, na última semana o BRB tem passado por situações que já se esperava estarem superadas. Reclamações de clientes por não conseguirem acessar seus extratos, fazerem saques ou outros tipos de operação têm sido constantes, o que é muito ruim para a instituição.

Além dos transtornos causados aos clientes, não se pode ignorar a “saia justa” que fica para os funcionários lidarem com os clientes que já chegam às agências insatisfeitos por não terem resolvido suas demandas em função da indisponibilidade do sistema.

Os problemas gerados se deram em decorrência da migração de um sistema chave para o mainframe IBM, o que acabou por expor o descaso da diretoria da TI. Segundo relato dos funcionários da TI, as principais causas desse grave problema na migração de sistemas para o Mainframe IBM seriam a falta de fiscalização efetiva dos contratos, erros graves de planejamento e o total descaso aos alertas dos Funcionários e dos próprios Analistas das empresas contratadas.

A falta de fiscalização dos contratos se refere as obrigações que as empresas contratadas teriam em relação às entregas e as responsabilidades sobre elas. Dentro desse ponto também, estão relacionadas as áreas de testes que, segundo analistas da própria empresa contratada, são fracos ou inexistentes, e as homologações são feitas em cima da hora, gerando vários questionamentos sobre a veracidade das mesmas. Há ainda relatos de que alguns analistas e gestores de sistemas tomaram um "cala a boca", pois se atreveram a questionar.

Mesmo com receio de retaliação, alguns funcionários contando com a ajuda de terceirizados vem tentando de várias formas alertar alguns gestores sobre os problemas encontrados na migração, seus impactos reais e possíveis desdobramentos, mas sem muito sucesso, pois em alguns casos, eles minimizam os problemas, buscando abafar a situação, não deixando a informação subir para áreas de controle, como a auditoria, e ainda a própria presidência.

Ronaldo Lustosa, funcionário do banco e diretor do Sindicato, relata que os funcionários sempre buscam o Sindicato com informações importantes, na tentativa de ajudar no diálogo com a diretoria do BRB e preservar a instituição. "Como diretores sindicais temos passado, em todas as reuniões com o banco, os problemas e denúncias relatados a fim de colaborar. Mesmo assim, não desistimos de dialogar e ajudar, pois o emprego e bem-estar das famílias dos nossos trabalhadores do BRB está em primeiro lugar.”

Funcionários apostos

Em que pesem as intercorrências no BRB serem de responsabilidade da diretoria da TI, funcionários de todo o banco, em especial das agências e da própria tecnologia tem pagado o pato, tendo que se desdobrar nos seus afazeres e extrapolando em sua carga horária para prover solução para um problema que por eles não foi gerado.


Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação


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