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10 de Julho de 2019 às 07:47

Presidente da Caixa não comparece a debate com os trabalhadores

Inicialmente, a convocação mirava o ministro da Economia, Paulo Guedes. Por sugestão do próprio governo, a convocatória mudou para convite.


Crédito: Reprodução

Brasília - Os empregados e empregadas da Caixa enfrentaram o frio da capital federal e a truculência da Polícia Legislativa para estar no plenário 12 da Câmara dos Deputados na manhã desta terça-feira (9). Pedro Guimarães, presidente da empresa, por outro lado, não teve a mesma coragem e disposição e fugiu do debate sobre sua gestão à frente do maior banco público da América Latina. 

A audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal, para a qual o presidente da Caixa foi convidado a comparecer, foi convocada pela deputada federal Erika Kokay (PT-DF). 

A deputada, que também é empregada da Caixa, frisou que “não dá para aceitar tamanho desrespeito ao Parlamento brasileiro, notadamente pela forma como tudo aconteceu. Foi feito um acordo para o Pedro Guimarães vir aqui oferecer respostas aos questionamentos que seriam feitos em relação às políticas de enfraquecimento do banco”. Um desrespeito não só aos empregados, mas também às entidades representativas dos trabalhadores que lá estavam para ouvi-lo, como o Sindicato. 

Inicialmente, a convocação mirava o ministro da Economia, Paulo Guedes. Por sugestão do próprio governo, a convocatória mudou para convite. No entanto, no lugar do principal ministro da equipe econômica do governo, o acordo previa a ida do presidente da Caixa, a quem coube sugerir a data de 9 de julho para a audiência pública.  

Pedro Guimarães seria ouvido sobre assuntos como a privatização das loterias, a retirada da instituição do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a dispensa de empregados por meio do Plano de Desligamento Voluntário (PDV), a manobra contábil para cobrir perdas esperadas com calotes na carteira de financiamento imobiliário, a desvalorização de imóveis retomados em operações administrativas, a nomeação de personal trainer para o cargo de consultor e a contratação para a Vice-Presidência de Recursos de Terceiros de uma profissional sem as certificações técnicas para atuar na Comissão de Valores Imobiliários (CVM), entre outras medidas polêmicas.

Como autora do requerimento, Kokay explicou que irá remeter ao Ministério do Trabalho e ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma nova representação contra o processo de reestruturação na Caixa. O presidente do banco também será alvo de novo requerimento para comparecer a uma audiência na Câmara, em data a ser previamente agendada, para assim prestar os esclarecimentos devidos acerca do desmonte da instituição. Dessa vez, o objetivo é convocá-lo e não mais apenas fazer um convite, o que o obrigará a participar da reunião.

Fonte: SEEB/Brasília - Da Redação com Fenae


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