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4 de Agosto de 2017 às 16:42

Normativa da Caixa indica desmonte com fim dos concursos públicos

No rastro da reforma trabalhista, trabalhadores seriam contratados por meio de empresas especializadas na prestação de serviços temporários para realizar as tarefas de técnico bancário


No rastro da reforma trabalhista, a Caixa Econômica Federal, numa nova versão do normativo RH 037, publicada nesta quinta-feira 3, se adequou à Lei 13.429/2017 e sinaliza que não mais realizará concursos públicos para a contratação de seus empregados. E nem vai convocar os concursos para assumir o lugar dos que se desligaram nos planos de aposentadorias.

De acordo com a norma, os trabalhadores serão contratados por meio de empresas especializadas na prestação de serviços temporários para realizar as tarefas de técnico bancário e não terão nenhum vínculo empregatício com a Caixa.

A norma não estipula a quantidade de temporários que serão contratados, apenas define que o número de contratações dependerá da disponibilidade orçamentária e dos resultados esperados pelo gestor demandante, com base no que for determinado pela Gerência Nacional do Quadro de Pessoas e Remuneração (Geper).

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) cobra a instituição, que terá de trazer respostas na mesa de negociação do dia 15 de agosto.

"A nova versão do RH37 nos permite vislumbrar o que vem pela frente, duas categorias de trabalhadores: os bancários, com direitos, conquistas e melhor remuneração e, do outro lado, fazendo a mesma atividade só que com menos direitos e ganhando menos, um terceirizado, um subempregado. Isso até que nos tornemos todos trabalhadores de segunda categoria, com a gradativa substituição do empregado concursado, pelo empregado terceirizado. Talvez, agora, as pessoas acordem para o fato de que o golpe não foi contra a Dilma e sim contra a maioria da população. E com isso, em 2018, não elejam um Congresso e um executivo compromissados unicamente com os interesses do patronato e do capital financeiro", avalia o diretor do Sindicato Antonio Abdan.


Da Redação com Contraf-CUT e Seeb São Paulo


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