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20 de Outubro de 2015 às 10:15

Nesta tarde tem nova negociação, enquanto isso a greve continua forte


O 15º dia de greve continua com fortes mobilizações. A terça-feira (20) amanheceu com agências e centro administrativos paralisados em todo o Brasil. Foi a força da greve que arrancou nova negociação com os bancos. A Fenaban entrou em contato com a Contraf-CUT no começo da noite de ontem (19) e chamou o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada da Campanha 2015, nesta terça, às 16h, em São Paulo. 

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, destaca que a reabertura de negociação é resultado do protagonismo dos bancários nesta greve, que já entrou para a história, com o maior volume de agências e centros administrativos paralisados.

"Nós temos que continuar mobilizados, determinados, com unidade, para mostrarmos que a gente continua indignado e que quer, com a força da greve, dobrar a intransigência deles. Além da reposição da inflação e do ganho real, queremos reposição de emprego, segurança para trabalhar nos locais de trabalho, com saúde, igualdade de oportunidade. Principalmente, nós queremos que acabem com as demissões, a rotatividade e que os trabalhadores não continuem adoecendo por serem submetidos ao assédio moral para cumprir metas inatingíveis", reforçou

Lucros dos bancos

Os bancos culparam a crise para justificar a pior proposta que apresentaram aos trabalhadores nos últimos anos: reajuste de 5,5%, muito abaixo da inflação do período de 9,88% (INPC). Mas esqueceram de mencionar que, mesmo com o baixo desempenho da economia brasileira, eles vão muito bem: os cinco maiores (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) alcançaram, juntos, o lucro de R$ 36,3 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

"Nossa expectativa é os bancos saiam daquela linha de um reajuste muito abaixo da inflação com abono, pois sabemos que é prejudicial para a carreira dos bancários e das bancárias. Nós queremos a reposição da inflação, mais ganho real. Isso é o que os bancários e bancárias, que estão há 15 dias de greve, desejam hoje", conclui Roberto von der Osten. 

Fonte: Contraf-CUT


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