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18 de Julho de 2018 às 07:38

Nesta quarta 18 tem negociação com o BRB, na quinta com a Fenaban e na sexta-feira com a Caixa

BB retoma negociação específica na segunda-feira 23. Terceira rodada com a Fenaban será sobre saúde e condições de trabalho, o que inclui metas abusivas e assédio moral


O Comando Nacional dos Bancários discutirá saúde e condições de trabalho com a Fenaban (Federação dos Bancos) nesta quinta-feira 19, na terceira rodada de negociações da Campanha de 2018. A reunião será realizada em São Paulo, no hotel Maksoud Plaza, a partir das 10h.

Nesta quarta-feira 18, o Sindicato de Brasília faz a segunda rodada de negociação com o BRB. Na sexta 20, é a vez da Caixa se reunir com a Comissão Executiva dos Empregados, em Brasília, para a segunda rodada das negociações específicas dos empregados. Com o Banco do Brasil, a reunião será na segunda-feira 23, em Brasília. 

O Banco da Amazônia ainda não marcou o início das negociações da pauta específica com os funcionários.

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 Combate ao assédio moral é uma das prioridades

“Com uma rotina de trabalho cada vez mais estressante, a categoria bancária está entre as mais afetadas por doenças do trabalho no país. É o resultado das metas abusivas, que leva ao assédio moral, à falta de segurança nas agências, intensificação e ritmo acelerado do trabalho, consequências de uma organização e processo de trabalho que não respeita os trabalhadores”, afirma Cleiton dos Santos, presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), que integra o Comando Nacional.   

Não por acaso, o combate ao assédio moral ficou em terceiro lugar dentre as prioridades apontadas por trabalhadores e trabalhadoras de bancos públicos e privados de todo o Brasil, na consulta nacional feita pelos sindicatos e coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), no mês de maio.

A pesquisa apontou que, para 25% da categoria, a prioridade da campanha deve ser a conquista do aumento real. Outros 23% querem que a prioridade seja a manutenção de direitos e 18% o combate ao assédio moral. A garantia do emprego (15%) e impedir a terceirização (14%) vieram na sequência: em 2017 foram extintos 17.905 postos de trabalho e, de janeiro a maio deste ano, 2.675 bancários já ficaram sem seus empregos.

“O trabalho bancário não é nada fácil”, afirma Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT. “São muitas exigências, um alto grau de conhecimento e ainda as famigeradas metas cobradas muitas vezes de forma desumana, colocando o assédio moral como uma grande preocupação para nossa categoria. Os cortes agravaram a sobrecarga de trabalho e atormentam a cabeça dos trabalhadores, comprometendo a saúde física e mental.” 

Por isso a terceira rodada de negociação com os bancos, na quinta-feira 19, vai abordar saúde e condições de trabalho. 

O calendário fechado com a Fenaban na reunião da quinta-feira 12 prevê, ainda, as reivindicações sobre emprego em debate no dia 26 e as cláusulas econômicas para o dia 1º, quando os representantes das instituições financeiras se comprometeram a trazer uma pauta final para ser apreciada pelos trabalhadores em assembleia.

“A federação dos bancos afirmou que quer resolver a campanha na mesa de negociação com o Comando Nacional dos Bancários ainda em agosto. Essa rodada sobre saúde e condições de trabalho será um bom indicador da seriedade dessa proposta. De nossa parte, queremos negociar, mas queremos garantir a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com todos os direitos dos trabalhadores”, ressalta a dirigente, que é uma das coordenadoras do Comando.

Eles podem e devem

Os cinco maiores bancos que compõem a mesa de negociação (BB, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander) viram seus lucros crescer 33,5% no ano passado e mais 20,4% no primeiro trimestre deste ano (comparado com mesmo período de 2017). As receitas de prestação de serviços provenientes do trabalho dos bancários seguem em alta como um dos principais componentes desse estrondoso resultado. 

“Esses são apenas alguns dos muitos indicadores que mostram haver amplas condições para os bancos realmente negociarem, trazerem uma boa proposta e renovar a CCT, preservando os direitos conquistados em tantos anos pela categoria bancária”, reforça a presidenta da Contraf-CUT.

 
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT e Seeb Brasília


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