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6 de Agosto de 2018 às 07:39

Negociações com o BRB, mais uma vez, não avançam


Crédito: SEEB/BSB

Brasília - Nesta sexta-feira 3 ocorreu mais uma rodada de negociações com o BRB, dentro da Campanha Nacional dos Bancários. Conforme procedimento definido, continuaram as discussões cláusula a cláusula do atual acordo, inserindo oportunamente, quando fosse o caso, as reivindicações específicas de 2018. 

Assim como ocorreu nas negociações anteriores, não houve avanços, e o banco, negou praticamente tudo. Antes de se debater cláusula por cláusula, o Sindicato informou o banco sobre recusa da proposta de se retirar do acordo aquilo que consta em lei, o que foi apresentado pelo BRB na negociação anterior. 

Ainda sobre negociações anteriores, o banco afirmou que apresentará uma proposta versando sobre jornada e banco de horas em que constará, inclusive, uma posição sobre o intervalo de 15 minutos para a jornada de seis horas e o intervalo intra-jornada para quem trabalha oito horas. O BRB ficou de apresentar também uma proposta de redação referente à cláusula de parcelamento de férias. 

Segue abaixo o resumo da abordagem de cada item discutido:

  • Alocação de um tesoureiro por PA – o banco nega, porém afirma que fará levantamento da necessidade, em função de jornada registrada a partir da implantação do ponto eletrônico em todas as unidades;
  • Criação de funções de especialistas na TI – o banco nega, e disse que discussão dessa natureza somente com a rediscussão do plano de carreira. A empresa reafirmou que há um projeto de novo PCS, porém qualquer discussão está sobrestada, e provavelmente só será retomada em 2019;
  • Garantia de remuneração por seis meses aos gerentes rebaixados em função de alteração no porte da agência – o banco nega, e reafirma que, em caso de descomissionamento, permanece o previsto em regulamento: garantia de remuneração por quatro meses;
  • Garantia de pelo menos um orientador de autoatendimento por agência – o banco nega, e reafirma que continua a aplicar a métrica de observar número de ATMs e volume de serviço para definir o número de orientadores;
  • Garantia de realização de atividades-fim somente por funcionários próprios do BRB (não à terceirização) – o banco afirma que não pretende fazer nenhuma espécie de nova terceirização, mantendo apenas o que já existe, como limpeza e segurança, por exemplo; porém se nega a pactuar cláusula sobre isso no acordo;
  • Disponibilização de contadoras de cédulas nas agências, tanto nos caixas quanto na tesouraria – o banco afirma que já está em andamento a alocação de contadoras de cédulas garantindo pelo uma por agência. Na ocasião, o Sindicato cobrou também a substituição daquelas obsoletas, que não geram segurança;
  • Formação de comissão com participação do Sindicato para discutir política de  descomissionamento – o banco nega e afirma ser prerrogativa da administração. 

Além dessas cláusulas, o Sindicato reivindicou uma reunião com a diretoria responsável pela rede, para discutir a reivindicação de manutenção da cláusula que estende a validade do último concurso de gerentes de negócios por mais um ano. 

Foi reivindicada ainda a correção da forma de pagamento da parte variável da PLR aos analistas juniores que são analistas de TI, e também aos advogados. O banco ficou de buscar mais informações e trará uma resposta na próxima negociação. 

“Infelizmente o banco tem decepcionado em mesa. Propõe exclusão de cláusulas hoje constantes no acordo, não avança em nada que já existe e nega todas as novas reivindicações. Para uma diretoria formada majoritariamente por empregados de carreira, é um comportamento absolutamente decepcionante”, afirma Daniel de Oliveira, diretor do Sindicato. 

“Esperamos que o BRB apresente avanços em novas rodadas, pois os resultados que o banco tem apresentado, fruto da dedicação e esforço dos bancários, demonstram a larga possibilidade de atendimento das nossas demandas”, cobra Cida Sousa, diretora da Fetec-CUT/CN. 

Nova rodada dia 8

Nova rodada ficou marcada para o dia 8, quando serão retomadas as discussões acerca da pauta específica. Com relação à próxima negociação, o Sindicato lembrou que no dia 7 a Fenaban ficou de apresentar proposta econômica, e cobrou do banco que trouxesse uma posição sobre a demanda. 

Também participaram da negociação o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, os diretores Antonio Eustáquio e Ronaldo Lustosa, e o dirigente da Fetec-CUT/CN Ivan Amarante.

Da Redação


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