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18 de Setembro de 2015 às 17:12

Negociação sobre carreira com Banco do Brasil termina sem avanços

A quinta rodada de negociações específicas entre o Comando Nacional dos Bancários e o Banco do Brasil, realizada nesta sexta-feira 18, em São Paulo, para tratar de remuneração e plano de carreira, uma das reivindicações mais importantes do funcionalismo, terminou sem avanços


Terminou sem avanços a quinta rodada de negociações específicas entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e integrado pela Federação Centro Norte (Fetec-CUT/CN), realizada com o Banco do Brasil nesta sexta-feira 18, em São Paulo, para tratar de remuneração e plano de carreira, uma das reivindicações mais importantes do funcionalismo. O Comando, assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, propôs nova rodada de negociações sobre o tema no dia 25. O banco dará uma resposta na segunda-feira 21. 

“Na negociação de hoje, apresentamos e defendemos diversas propostas referentes à melhoria do plano de carreira e de funções, cumprimento da jornada de 6 horas, melhoria nos processos seletivos e outras reivindicações de nossa minuta. O BB se comprometeu a trazer as respostas na próxima reunião de negociação”, afirma Rafael Zanon, representante da Fetec-CUT/CN na Comissão de Empresa.

 

As reivindicações específicas discutidas com o BB nesta sexta foram:

Plano de Carreira e remuneração (PCR)

As reivindicações, aprovadas no Congresso Nacional dos Funcionários do BB, são: 

1. Reajuste no piso salarial para R$ 3.299,66, equivalente ao salário mínimo do Dieese, com aumento dos percentuais de interstícios de 3% para 6% a cada três anos.

2. Ampliação da pontuação e abrangência, também para escriturários, referente à carreira de mérito. 

3. Aumento da gratificação e efetivação como caixas de todos os escriturários que fazem as substituições por mais de 90 dias, revisando também a dotação do PSO. 

O Banco do Brasil está analisando esses três itens:

 

Pagamento das substituições

Os funcionários que realizam os serviços de outras funções sem receber para tal, como é o caso dos assistentes de agências, devem receber o pagamento pelas substituições. O BB está analisando essa proposta e alegou que vem regularizando a situação nos últimos anos. 

 

Horas extras

As entidades solicitaram a abertura de negociação sobre o trabalho no fim de semana em dependências não envolvidas no processo de automação. Com o fim do banco de horas, não existe regra em acordo coletivo estipulada para esses casos. “Queremos a regulamentação dessa tema”, afirma Zanon.

 

Plano de funções/comissões

Os representantes dos funcionários reivindicaram o aumento nos valores dos adicionais de função e valores de referência, além de mecanismos de incorporação das comissões no salário.

 

Melhoria nos processos seletivos

Os funcionários do BB reivindicaram ainda a melhoria nos processos seletivos. Os bancários conquistaram avanços nos últimos dois anos, com o fim de nomeação fora dos 20 primeiros no sistema TAO, mas entendem que existe ainda muita subjetividade, falta de transparência, ausência de clareza nos critérios, clientelismo e falta de informação nos comissionamentos.

Eles querem que os modelos mais justos e transparentes, que são adotados em processos seletivos como o Progrid-Ditec, Audit e Dijur sejam ampliados para o restante da empresa. 

O BB reconheceu a importância desse debate e concordou em discutir a melhoria dos processos.

 

Remoção automática precisa funcionar

O sistema de remoção automática não está funcionando e os sindicatos reivindicaram a regularização do processo, independente de excessos localizados ou reestruturações.

 

Garantias aos funcionários vítimas de reestruturações

Os representantes dos trabalhadores reivindicaram a manutenção da remuneração e praça para os funcionários vítimas de processos de reestruturações.

 

Engenheiros, advogados e outras carreiras técnicas

Os sindicatos alertaram o BB de que é necessária uma mudança de postura da empresa no Judiciário com relação ao tema, pois está colocando em risco os trabalhadores dessas áreas. Os bancários defendem que ninguém pode ser descomissionado em decorrência da ação do Ministério Público sobre o assunto.

 

Jornada de 6 horas para assessores das unidades estratégicas e táticas

Os bancários reivindicaram seis horas para todos, sem redução de remuneração, e insistiram na necessidade de negociação entre o BB e os sindicatos para regularizar a jornada de trabalho dos funcionários.

Os negociadores do BB disseram que não há iniciativa da empresa nesse sentido e fará reunião com a Comissão de Empresa para tratar do tema se houver alguma sinalização da direção do banco sobre a questão.

 

Respostas do BB sobre mesas anteriores

Na rodada dessa sexta-feira 18, o BB também deu respostas sobre reivindicações do funcionalismo apresentadas nas metas de negociações anteriores. São elas:

1. Nos exames periódicos realizados em cidades diferentes da lotação do funcionário, já está previsto o abono das horas. As entidades sindicais sugeriram incluir o tema no acordo coletivo e enfatizaram a necessidade de abono das consultas médicas.

2. O BB concordou em apresentar os resultados do PCMSO para a Comissão de Empresa.

3. Sobre os funcionários já aposentados pelo INSS, quando estão de licença-saúde, o BB complementa até 730 dias a diferença entre o salário e o benefício. Sobre a complementação das licenças concedidas pelo INSS, o BB está em contato com o INSS tentando firmar convênio para aprimorar os procedimentos e evitar os problemas observados atualmente.

 

Confira aqui o calendário e como foram as negociações com os bancos até agora.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN

 

 

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