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22 de Agosto de 2016 às 17:23

Negociação no Banpará começa sem avanços. E continua no dia 1º, com PCS na pauta


Crédito: Fetec-CUT/CN

Não houve avanços na primeira rodada de negociação específica com o Banpará, realizada nesta segunda-feira 22 de manhã, em Belém. O banco não cumpriu o compromisso, assumido na entrega da pauta específica de reivindicações, no dia 11 de agosto, de analisar e trazer respostas para algumas reivindicações, como o estudo comercial para uma possível comissão ao SAC, registrar direitos aos delegados sindicais (inamovibilidade e estabilidade) e assegurar que agências com menos de 7 bancários possam eleger delegados sindicais.

Participaram da primeira rodada de negociação, que foi das 10h às 14h, a Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), o Sindicato do Pará e a Associação dos Funcionários do Banpará (Afbepa).

Haverá nova mesa de negociação no dia 1º de setembro, às 15h30. No mesmo dia, pela manhã, a consultoria do banco apresentará às entidades sindicais e ao Grupo de Trabalho Paritário o estudo do PCS (Plano de Cargos e Salários) para o Banpará. Essa foi uma exigência das entidades sindicais na mesa de negociação, posto que o trabalho foi feito de forma unilateral pelo banco e à margem do GT-PCS.

"Embora sem tensões, essa primeira rodada de conversa com o Banpará ainda não trouxe maiores avanços. E a categoria tem pressa em saber de reajuste, conquistas sociais, poder de compra. E futuro. Por exemplo, o atendimento às reivindicações da cláusula 19 da nossa pauta e que tratam do PCS são de suma importância para a vida e a carreira do funcionalismo do Banpará. Ter uma carreira e perspectiva de carreira com salário é tão importante quanto ter um bom reajuste, um banco cada vez mais público e a ampliação de direitos sociais como, por exemplo, o cuidado com os adoecidos e os que são vítimas das inseguranças bancária e pública. São pontos muito importantes na próxima rodada, na qual aguardamos respostas mais efetivas", destaca Vera Paoloni, representante da Fetec-CUT/CN nas negociações.

As questões de reajuste serão debatidas no Banpará após a apresentação da proposta da Fenaban. Nesta primeira rodada, foi debatido em mesa de negociação no Banpará os seguintes temas:

˃ Isenção de tarifas e juros para os empregados. Bancários reivindicam isenção de todas as tarifas e juros, mas o banco quer manter o que está no acordo vigente.

˃ 13ª cesta e auxílio-refeição. Em estudo pelo banco, para ser mantido o benefício, mas aguardará o índice de reajuste da Fenaban. As entidades sindicais querem que permaneça a concessão da 13ª cesta-alimentação de forma cheia, como já acontece.

˃ Frequência livre do dirigente sindical. O Sindicato e a Fetec-CUT/CN defendem o aumento do número de empregados (de 5 para 7 empregados), ao número de agências do banco, e para suprir a representação da empresa junto à Contraf-CUT. O Banpará quer manter a cláusula como está, mas compromete-se a voltar a discutir o assunto.

˃ Delegado sindical. As entidades sindicais afirmam que existem agências com menos de sete empregados, onde não há eleição do delegado sindical e que o banco precisa suprir as vagas, para que haja a eleição. Banco vai estudar a proposta de eleição de um delegado por Unidade, independente de estar ou não suprido o quadro da agência.

˃ Liberação para participação em atividades sindicais. O banco quer manter o atual acordo, com aumento de prazo para o pedido de liberação do empregado, de três dias para cinco dias, a fim de que haja melhor planejamento e liberação de um maior número de empregados, sem prejuízo dos serviços do banco.

˃ Quebra de caixa para tesoureiros e coordenadores de Pab’s. Os bancários reivindicam o pagamento de R$ 880,00 a título de quebra de caixa, mas o banco quer manter o texto do acordo atual.

˃ Gratificação para funcionários do SAC. O banco recusa a reivindicação, mas vai verificar, junto à área comercial, quais as pretensões para o SAC do, pois em outros bancos o serviço é feito por estagiários e terceirizados.

˃ Isonomia salarial para comissionados. Banco se nega a negociar.

˃ Reajuste das comissões. Banpará rejeita, argumentando que as funções já foram reajustadas para corrigir distorções.

˃ Incorporação de 10% da comissão. O banco ficou de estudar a reivindicação.

˃ Garantia de permanência na função comissionada. Empresa afirma que não há como garantir, por conta do engessamento que poderia ocasionar ao banco.

˃ Plano de Cargos e Salários (PCCS). Existe uma ação judicial sobre o assunto e a proposta do banco para atualização do PCCS foi apresentada ao GT-PCS pela consultoria contratada, inclusive quanto aos critérios. O banco compromete-se a repetir na próxima rodada de negociação, no dia 1º de setembro, a apresentação que fez ao GT-PCS e a garantir o cumprimento do Regulamento do PCCS para as promoções de 2017.

˃ Pagamento de salários aos aposentados na ativa. As entidades sindicais levarão na próxima reunião proposta como nova redação para a reivindicação.

 

Principais reivindicações no Banpará

˃ Mais contratações

˃ Mais segurança

˃ PLR Social

˃ Transparência nas seleções internas

˃ Critérios para descomissionamentos

˃ Fim do assédio moral

˃ Implantação definitiva de um PCS justo para todos

˃ Imediata efetivação nas funções

˃ Auxílio refeição e cesta alimentação de aniversário

˃ Redução de jornada sem redução de salários para cargos comissionados

˃ Inclusão de ascendentes e descendentes no plano de saúde

˃ Reembolso do plano de saúde particular

˃ Continuidade no plano de saúde

˃ Espaços de descanso em todas as unidades

˃ Adicional de insalubridade

˃ Licença prêmio para todos

˃ Fortalecimento do Banpará com retorno dos rendimentos para o banco.

 

Fonte: Fetec-CUT/CN


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